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Sábado - 11 de Fevereiro de 2012 às 08:01

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Policiais e bombeiros do Rio se reuniram na Cinelândia para votar indicativo de greve na sexta-feira. Foto: Luiz Gomes/Futura Press


Policiais e bombeiros do Rio se reuniram na Cinelândia para votar indicativo de greve na sexta-feira. (Foto: Luiz Gomes/Futura Press)



O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), afirmou na sexta-feira (10), que os profissionais da segurança do Estado responderam "com responsabilidade" à "tentativa de greve" de policiais e bombeiros. Segundo Cabral, a categoria teria o maior salário entre as demais de toda a América Latina caso governos anteriores tivessem seguido a política hoje vigente. As afirmações foram feitas durante inauguração da Escola Técnica Estadual de Bacaxá, em Saquarema.

"A esmagadora maioria dos servidores públicos militares e da Polícia Civil tem consciência disto. Eles sabem como assumimos o Estado, em janeiro de 2007, quando eles recebiam o seu salário no meio do mês seguinte, após as contas pessoais estarem vencidas, quando muitas vezes o 13º salário era pago no ano seguinte. Eu fico imaginando se aqueles que me antecederam tivessem feito o mesmo que nós fizemos neste período. Certamente, o padrão do salário da corporação seria o maior da América Latina", sustentou o governador.

O peemedebista rejeitou a possibilidade de um "plano B" para garantir a segurança da população durante a greve. "Estamos preparados e temos uma responsabilidade com a população. Portanto, nenhum plano B ou C será utilizado, pois o plano A, que é o da ordem pública garantida do ir e vir, está sendo feito. A presença da segurança está funcionando muito bem. Nós temos 92 cidades e temos que garantir a lei e a ordem nesses locais, atendendo a 16 milhões de habitantes e aos milhares de visitantes que estão no momento no Estado", disse o governador.

O Diário Oficial do Estado publicou hoje lei sancionada pelo governador que amplia os benefícios a policiais civis e militares, bombeiros e inspetores de Segurança e Administração Penitenciária do Rio. Cabral lembrou que esse reajuste é o "maior ganho real da história do Estado para as categorias" e afirmou que os secretários de Segurança e de Defesa Civil, bem como o comandante da Polícia Militar e a chefe da Polícia Civil, "sempre estiveram abertos ao diálogo e ouvindo propostas". De acordo com Cabral, foram ouvidas sugestões de parlamentares de oposição e de deputados que fizeram reparações e acréscimos à lei que estabelece novo programa de recuperação salarial aos profissionais.

"A mensagem que chegou à Assembleia Legislativa foi uma, a lei que foi aprovada foi outra. Essa é uma lei que permitirá ao profissional da Segurança não só ter um ganho efetivo do seu salário, mas que garante ainda as gratificações e a hora extra. Recentemente, fizemos um decreto que desobstruiu os canais da ascensão funcional dos servidores públicos da Segurança. Isso tudo são ganhos diretos e indiretos. Agora acrescentamos no contracheque o auxílio transporte, demos o auxílio de moradia de mesmo valor a todos os profissionais, independentemente de serem casados ou solteiros. O profissional sabe que até o inativo e o aposentado se beneficiam do reajuste", completou.

A greve no Rio
Policiais civis, militares e bombeiros do Rio de Janeiro confirmaram, no dia 9 de fevereiro, que entrariam em greve. A opção pela paralisação foi ratificada em assembleia na Cinelândia, no Centro, que reuniu pelo menos 2 mil pessoas.

A orientação do movimento é que apenas 30% dos policiais civis fiquem nas ruas durante a greve. Os militares foram orientados a permanecerem junto a suas famílias nos quartéis e não sair para nenhuma ocorrência, o que deve ficar a cargo do Exército e da Força Nacional, que já haviam definido preventivamente a cessão de 14,3 mil homens para atuarem no Rio em caso de greve.

Os bombeiros prometem uma espécie de operação padrão. Garantem que vão atender serviços essenciais à população, especialmente resgates que envolvam vidas em risco, além de incêndios e recolhimento de corpos. Os salva-vidas que trabalham nas praias devem trabalhar sem a farda, segundo o movimento grevista.

Policiais e bombeiros exigem piso salarial de R$ 3,5 mil. Atualmente, o salário base fica em torno de R$ 1,1 mil, fora as gratificações. O movimento grevista quer também a libertação do cabo bombeiro Benevenuto Daciolo, detido administrativamente na noite de quarta-feira e com prisão preventiva decretada, acusado de incitar atos violentos durante a greve de policiais na Bahia.





Fonte: Terra

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