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Agronegócios
Sexta - 10 de Fevereiro de 2012 às 07:02

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Possibilitar ao produtor ter a liberdade de escolha entre soja convencional e soja transgênica no momento de planejar a lavoura. Esta é a missão do Programa Soja Livre, que apresentou, na quinta-feira (09), em Sinop (500 Km ao norte de Cuiabá), algumas alternativas disponíveis para os sojicultores matogrossenses. O dia de campo realizado na fazenda Vale do Verde faz parte da Terceira Temporada de Dias de Campo, que vem percorrendo todo o estado apresentando cultivares de soja livre desenvolvidas pela Embrapa e parceiros.

Durante o evento, os participantes assistiram palestras sobre o Programa Soja Livre, sobre o programa Soja Plus, da Aprosoja, mercado de soja convencional, controle de nematóides, classificação de sementes e manejo de cultura. Além disso, puderam acompanhar no campo as características e o desempenho de 20 cultivares de soja convencional.

Entre os materiais apresentados estão cultivares de ciclo tardio, médio e precoce, resistentes a nematóides de cisto de diversas raças, resistentes a nematóides de galha e tolerantes a pratilencus e rotilencus. Além disso, algumas cultivares apresentadas no evento possuem maior tolerância à chuva na colheita, garantindo a qualidade dos grãos.

Segundo o coordenador do Programa Soja Livre, Clóvis Albuquerque, o Programa não busca combater o uso da soja geneticamente modificada. O objetivo é o de manter a opção de escolha do produtor, garantindo maior oferta de sementes, competitividade, regulação do mercado e a redução da dependência de uma única tecnologia.
‘Nós queremos manter a soja livre viva. Estamos aqui para manter a competitividade dela no mercado, fazendo com que o produtor tenha a segurança de fazer a livre escolha para obter o equilíbrio das duas tecnologias. As duas tecnologias têm de coexistir para que o mercado fique competitivo e saudável para o produtor‘, explica.


Este é o terceiro ano de atividade do Programa Soja Livre. Segundo Catelan, o processo se completa em médio e longo prazo, porém já é possível sentir os primeiros reflexos. ‘Um Programa como este leva certo tempo para dar resultados, pois temos de fechar um ciclo desde o desenvolvimento dos materiais, da multiplicação das sementes, até isto efetivamente chegar ao mercado e ao produtor. Neste ano já tivemos grande avanço, principalmente na questão da disponibilidade de sementes para o produtor. Esperamos que no próximo ano isto seja ainda melhor‘, afirma Catelan.

De acordo com estimativa do Programa Soja Livre, na safra atual as cultivares de soja convencional representaram cerca de 30% dos grãos cultivados em Mato Grosso, sendo que o percentual varia de região para região.
O produtor Ilson Redivo plantou parte de sua lavoura com soja livre. Segundo ele é essencial que os produtores utilizem também esta tecnologia. ‘Nós não podemos ficar a mercê de uma única tecnologia. A soja livre tem de ser incentivada. Deve ser preservada. Além do diferencial de preço na comercialização, se você ficar só com a soja transgênica você fica vulnerável e na mão das empresas que exploram esta tecnologia‘, disse o produtor. (Ascom) W.S





Fonte: Do GD

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