Conab projeta queda na produção de grãos devido à seca
Problemas regionalizados como a estiagem no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina afetaram a produção das lavouras de soja, milho e trigo. A quebra na produção de milho no Rio Grande do Sul chega a 40% e, em Santa Catarina, 35%. A situação agrícola foi apresentada durante o quinto levantamento da safra 2011/2012 de grãos, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), nesta quinta-feira, 9 de fevereiro,em Brasília.
Para o secretário de Política Agrícola do ministério, Caio Rocha, o governo já está adotando medidas de apoio à comercialização do milho e também para o trigo para amenizar os prejuízos dos produtores rurais. Portaria autorizando o leilão de trigo foi publicada hoje, no Diário Oficial da União (DOU).
O levantamento realizado pela Conab, entre os dias 16 e 21 de janeiro, destaca o crescimento de 6% na produção de milho safrinha. Fatores como preço, adoção de tecnologias, como o uso de fertilizantes, e também as condições climáticas favoreceram o incremento da produção do milho safrinha, no entendimento do secretário. Os estoques de passagem chegam a 1,8 milhões de toneladas de milho no país, grande quantidade no Mato Grosso, indica que não haverá desabastecimento do produto no mercado interno.
O diretor de Política Agrícola e Informações da Conab, Sílvio Porto, lembrou que a estiagem que começou em novembro no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul se acentuou em meados de dezembro, gerando quebra nas lavouras de milho e soja. Paraná plantou sementes de variedades precoces, suscetíveis às condições climáticas. “Os produtores arriscaram colher a soja e resolveram plantar mais cedo o milho. Foi uma aposta equivocada. Cada semana que passa, temos percebido a recuperação das chuvas no Rio Grande do Sul mas a situação ainda é preocupante. Com relação à soja, os próximos levantamentos poderão se reajustados em valores menores”, alertou Porto.
Ele acrescenta que o clima favorável no Mato Grosso, onde os produtores já colheram a soja e plantam milho safrinha foi positivo. “Vamos ter uma compensação de produção crescimento da área de 29% em relação ao ciclo anterior, um incremento de 25 milhões de toneladas”, disse.
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