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Cidades/Geral
Quinta - 09 de Fevereiro de 2012 às 18:25
Por: Débora Siqueira

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A greve dos servidores efetivos das oito Escolas Técnicas Estaduais, subordinadas a Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia (Secitec), completou 90 dias ontem. Sem cumprir suas atividades funcionais desde novembro de 2011, os funcionários públicos alegam que ainda não foram procurados pelo Governo do Estado.

“A impressão que temos é que o Governo, devido ao recesso de fim de ano, ainda nem percebeu que a categoria está paralisada. A comunidade escolar, por sua vez, tem sofrido algumas consequências com o movimento grevista por conta da falta de professores de determinadas áreas de conhecimento e pela ineficiência de serviços administrativos devido à falta de servidores”, ressalta a professora Leila Aoyama.

Já para o servidor Gleyson Cezar Leme da Silva, o governo do estado trata com descaso a categoria da educação profissional. “É uma pena, já que é esta categoria que promove a qualificação profissional dos trabalhadores, que vão atender inclusive a demanda para a Copa do Mundo, que o Governo tanto prioriza”.

Para o presidente do sindicato da classe, Sinprotec, Valdivino de Souza Barbosa, a luta ganhou força por meio de uma ação do Ministério Público Estadual que pede a realização de um novo concurso público para atender as escolas. Mais de 60% dos servidores são contratados. O único concurso público foi realizado em 2004.

O presidente do sindicato disse que tentou negociar várias vezes com o governo, mas nunca obteve uma resposta positiva. Além de um novo PCCS (Plano de Cargos, Carreiras e Salários) a categoria luta pela realização de um novo concurso público, pela implantação da gestão democrática nas escolas, um programa de qualificação profissional para técnicos e professores e um aumento nos investimentos nas escolas, garantido por lei.

A assessoria de imprensa da Secitec informou que a assessoria jurídica analisa junto a Procuradoria Geral do Estado (PGE) se a greve dos servidores é legal ou não. Uma das supostas irregularidades é de que receberam pequeno aumento há dois anos após fazerem greve. Para a assessoria jurídica, fazer paralisação em prazo inferior a dois anos não justificaria a ação dos servidores. Também se questiona a falta de manifestações. Os trabalhadores simplesmente não foram mais trabalhar.

Caso a greve seja considerada ilegal, a Secitec vai descontar os 90 dias de paralisação do salário dos servidores. A assessoria de imprensa da Secitec ainda disse que a SAD já informou não ter condições de conceder um novo aumento aos servidores das escolas técnicas estaduais.

As escolas estão localizadas nos municípios de Rondonópolis, Diamantino, Barra do Garças, Sinop, Poxoréu, Alta Floresta, Tangará da Serra e Lucas do Rio Verde.
 






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