Milícia armada da Somália se une a Al Qaeda, diz líder
A milícia armada Al Shabab, responsável por atos de violência na Somália, se uniu ao grupo terrorista Al Qaeda, de acordo com uma gravação de áudio do líder da rede, Ayman Al Zawahiri, divulgada nesta quinta-feira.
No informe, Zawahiri afirmou que teve o "prazer de anunciar" a união, que tem a intenção de "apoiar o bloco jihadista que enfrenta a campanha cruzada e sionista", em referência a países da Europa Ocidental e Israel.
Os membros do Al Shabab já haviam anunciado lealdade à Al Qaeda em 2009, após a publicação de um vídeo chamado "Estamos a seu dispor, Osama!", em referência ao ex-líder Osama Bin Laden, morto em maio de 2011 no Paquistão. Poucas semanas depois, Bin Laden envia uma mensagem ressaltando as ações da milícia somali.
O Al Shabab é um grupo radical islâmico, que congrega mercenários, milícias e ideólogos, que atua na Somália, mas conta com combatentes estrangeiros, especialmente no Paquistão e na Chechênia. A milícia é responsável por uma guerra civil de 21 anos contra o governo da Somália, que é apoiado pela ONU.
Mohamed Abdiwahab/France Presse | ||
Ataque do Al-Shabab em Mogadíscio, capital da Somália, na quarta (8); milícia se une a Al Qaeda, diz líder |
ATAQUE
A milícia é considerada responsável pela explosão de um carro-bomba, que provocou a morte de pelo menos nove pessoas na quarta (8) perto de um hotel onde os parlamentares geralmente se reúnem na capital da Somália, Mogadíscio, informou a polícia.
O policial Hassan Ali disse à Reuters que o agressor bateu seu veículo em um café próximo ao Hotel Muna, que também foi alvo de um ataque de militantes do al Shabaab em agosto de 2010, no qual mais de 30 pessoas morreram.
"Até agora contamos nove civis mortos e outros 34 feridos. Até agora não vimos parlamentares entre as vítimas. O número de mortos deve aumentar", afirmou Ali.
Embora o Al Shabaab tenha retirado suas forças da capital no ano passado, o grupo lança ataques frequentes contra o governo apoiado pelo Ocidente através de suicidas, bombas de beira de estrada e granadas.
O ataque acontece duas semanas antes de uma conferência de um dia em Londres para tratar da instabilidade na Somália e da pirataria no litoral, e no mesmo dia em que o novo enviado especial da União Europeia para o Chifre da África visitou Mogadíscio.
Elyas Ahmed/Efe | ||
Grupo observa restos de carro-bomba em Mogadíscio, na Somália |
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