Dois funcionários de uma empresa terceirizada que fornece alimentação aos presos detidos na Penitenciária Central do Estado, antigo presídio do Pascoal Ramos, em Cuiabá, foram presos nesta terça-feira (7). Eles são suspeitos, de acordo com a Polícia Militar, de entrar na unidade prisional com quase meio quilo de maconha dentro de uma marmita que seria servida no jantar.
Além do motorista e do outro funcionário da marmitaria, três reeducandos que estariam envolvidos no caso deverão responder por tráfico de drogas e associação ao tráfico, sendo que dois deles trabalhavam na distribuição das marmitas na penitenciária. O trabalho, no entanto, era supervisionado por uma equipe de agentes que atuam na unidade e desconfiou que tinha algo de diferente no recipiente em relação aos demais.
Os integrantes dessa equipe de fiscalização então começaram a acompanhar os suspeitos. Segundo a PM, os reeducandos perceberam que os agentes estavam atentos ao trabalho deles e deixaram de entregar a marmita que estava com um volume maior que as outras e tinha uma anotação. Em um adesivo constava o nome do preso para quem a marmita deveria ser entregue.
Nessa marmita, endereçada a um reeducando de 19 anos que cumpre pena no raio 1 do presídio, foram encontrados dois tabletes grandes e dois menores de maconha, conforme ficou constatado em laudo emitido pela Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec). Desse modo, os três detentos e os dois funcionários foram conduzidos à Central de Flagrantes para prestar depoimento.
Ao delegado plantonista Thormires Godoy, da Delegacia Metropolitana de Cuiabá, os funcionários da empresa de refeições coletivas, com sede em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, alegaram que as marmitas são lacradas e retiradas somente na penitenciária, além do que, segundo eles, no local todo o trabalho de manuseio é filmado pelo circuito interno de segurança do estabelecimento.
Já os reeducandos argumentaram, em depoimento, que algumas marmitas não chegam embaladas na unidade prisional e algumas delas, inclusive, chegam sem tampa. Os funcionários também foram conduzidos à Penitenciária Central do Estado
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