Decisão do Conselho do MPE é duro revés para Maggi
A decisão do Conselho Superior do Ministério Público Estadual (MPE) de manter o senador Blairo Maggi (PR) na investigação que apura responsabilidades de autoridades públicas no desvio de R$ 44 milhões dos cofres públicos, na licitação para compra de 705 máquinas do programa MT 100% Equipado, representa um duro revés para o parlamentar republicano.
Vale lembrar que o "julgamento" foi por uma votação expressiva: sete votos a quatro. Outro detalhe: Maggi tinha apoio do ex-procurador geral de Justiça e ao atual mandatário do MPE, Paulo Prado e Marcelo Ferra, respectivamentoe. São duas vertentes para análise interessantes.
Ao se manifestarem a favor da investigação de uma eventual participaação de Maggi no esquema fraudulento, os procuradores de Justiça deram-lhe um recado claro de que "ninguém está protegido ou imune" diante um rombo de R$ 44 milhões. E vale ressaltar que a administração estadual (leia-se gestão Blairo Maggi-Silval Barbosa)
é ré confessa neste caso.
O grande trunfo de Maggi é o fato de ele mesmo ter cobrado uma ampla investiação quando soube da maracutaia, urdida por empresários do setor de revenda de máquinas e por, no mínimo, dois de seus secretários, supostamente.
Contudo, para parcela majoritária do Conselho Superior, o trunfo não passa de um blefe, pois, como disse Mauro Viveiros, é ingênuo crer que o então governador não estivesse a par dos pormenores da maior compra feita pelo Estadoe. Para os incrédulos e céticos, a assertiva de Viveiros é mais do que plausível.
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