Palermo, que se aposentou em 2011, fez seu jogo de despedida neste sábado. (Foto: EFE)
O maior artilheiro da história do Boca Juniors se despediu ontem do futebol. Em um jogo festivo que colocou fim à sua carreira, o ex-atacante argentino Martín Palermo foi a estrela do amistoso realizado na Bombonera, estádio onde se tornou conhecido mundialmente e que reuniu astros como Carlos Tevez e o técnico Carlos Bianchi. E não faltaram, ainda, provocações ao eterno rival boquense, o River Plate.
O veterano argentino, 38 anos, montou duas equipes para o amistoso: o "Time de Martín" e o "Amigos de Martín". O centroavante atuou pelas duas e marcou um gol pela primeira, que venceu a disputa por 3 a 2. Emocionado, Palermo se orgulhou pela maneira como disse adeus ao futebol profissional.
"Eu ficava imaginando como seria o final do meu filme, mas melhor que isso não poderia ser. Meus amigos, minha familia, com todos vocês", disse Palermo à torcida do Boca, que colocou 50 mil pessoas na Bombonera. "O que mais eu posso pedir? Esse é o grande encerramento do meu filme. Mas não acho que será uma despedida: em breve estarei novamente aqui, tomara que sentado neste banco de reservas", emendou.
Palermo, que no time de Martín jogou ao lado do filho Ryduan, também tratou de que sua despedida fosse recheada de provocações ao River Plate, hoje na segunda divisão argentina. "Obrigado, River. Graças a vocês o Boca é tão grande", gargalhou o veterano, que também pulou no ritmo da torcida portenha. "Quem pula não vai para a Série B", gracejou.
Palermo foi revelado pelo Estudiantes e defendeu o time de La Plata de 1992 a 1997, mas foi no Boca que se tornou mundialmente conhecido, de 1997 a 2000. O centroavante ainda passou pela Espanha, onde defendeu entre 2001 e 2004 as camisas de Villarreal, Betis e Alavés.
Sem grande sucesso do outro lado do Oceano Atlântico, Palermo voltou ao Boca em 2004 e por lá ficou até sua última partida profissional, em junho de 2011. Foi campeão argentino em seis ocasiões, conquistou duas Libertadores (2000 e 2007) e um Mundial (2000). No total, marcou 236 gols com a camisa azul e amarela da equipe portenha e se tornou o maior artilheiro da história do clube.
Ele ainda defendeu a seleção argentina em 15 vezes e teve momentos distintos: em 1999, perdeu três pênaltis na mesma partida contra a Colômbia, pela Copa América, feito que correu o mundo e entrou para o Guinness, o livro dos recordes.
Uma década depois, foi convocado de maneira surpreendente por Diego Armando Maradona para a Copa do Mundo de 2010 e, aos 36 anos, marcou um gol na vitória por 2 a 0 sobre a Grécia.
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