Demanda por hospedagem em Cuiabá cai
Os dias de folia do Carnaval diminuem em até 40% a quantidade de hospedagens em hotéis de Cuiabá, ao contrário de outras cidades do país. Segundo o sócio-proprietário do Gran Odora Hotel, Renato de Paiva Pereira, a taxa de ocupação cai da média de 70% para 20% na semana do Carnaval. Ele explica que já na sexta-feira antes da festa, a procura por leitos no hotel diminui, e só recomeça na semana seguinte ao feriado.
Mas isso não preocupa o empresário, que nem ao menos faz promoções para atrair a clientela, pois afirma que a queda de público é motivada pela diminuição de negócios fechados na Capital. "Os negócios têm queda de aproximadamente 95% em Cuiabá, nesse período, mas já estamos acostumados com os feriados prolongados".
Enquanto a Capital para de receber os empresários, as cidades turísticas do interior, como Chapada dos Guimarães e Santo Antônio do Leverger, tradicionais em propagar a festa nas pequenas ruas, ficam completamente lotadas, assim como os hotéis, pousadas e albergues da região. A consultora Mira Andrade, da Pousada Penhasco, em Chapada dos Guimarães, ainda faz reservas, mas conta que cerca de 50% dos leitos já estão preenchidos. "As pessoas geralmente deixam para a última hora". Ela explica que quem procura a pousada são pessoas que querem fugir da folia e preferem relaxar e curtir o feriado em família. A diária de um apartamento na pousada custa aproximadamente R$ 1,6 mil, e comporta até 5 pessoas.
Já aqueles que procuram por uma diversão diferente, a opção é o Carnavio. Segundo a consultora, mesmo após a tragédia do naufrágio de um navio na ilha de Giglio, na Itália em 13 de janeiro desse ano, a procura pelo pacote de Carnaval foi grande. Um pacote para 5 dias de folia dentro de um navio na costa de Porto Seguro, na Bahia, sai por R$ 3,2 mil, com direito a diversas "regalias".
O presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Hotéis de Mato Grosso (ABIH/MT), Luiz Verdun, diz que o movimento em Cuiabá cai cerca de 15% em todos os hotéis na época carnavalesca, pois a cidade não costuma ter um Carnaval tradicional. O presidente também concorda que os negócios deixam de faturar no período, assim como o setor, mas voltam assim que a data festiva termina.
Para efeito de comparação, os hotéis do Rio de Janeiro já têm 80,95% dos quartos reservados, conforme pesquisa da ABIH/RJ, divulgada na última terça-feira (31). O Carnaval carioca é famoso pelos desfiles das escolas de samba, no sambódromo da Marquês de Sapucaí.
Comentários