Advogado vai representar contra polícia por divulgação de nomes
O advogado Elson Rezende de Oliveira avisa que representará a Polícia Civil pela divulgação dos nomes e dos rostos dos presos na Operação Cascalhinho, desencadeada na sexta-feira (03), em Rondonópolis. “A operação está sob sigilo. Eles não poderiam ter feito isso. Hoje pela manhã entrei com petição avisando de que eles não poderiam violar a portaria da Secretaria de Segurança e não mostrar os rostos dos detidos. A polícia cometeu crime ao divulgar nomes das pessoas se o processo é sigiloso”, disparou.
Oliveira defende o falso advogado (pois não tem registro na OAB) Gabriel Henrique Castro de Carvalho e a esposa dele, a soldado da PM, Daniela de Oliveira. Na avaliação de Elson houve violação dos direitos da preservação da imagem dos presos, conforme o artigo 5º parágrafo 10º da Constituição Federal.
Ele destacou que a soldado da PM sequer deveria ter sido presa em flagrante, já que o juiz da 1ª Vara Criminal, Wladymir Perri, não tinha autorizado a prisão dela. “Ela estava em tratamento psicológico, pois era alvo de perseguição dos seus superiores no batalhão da Polícia Militar”, disparou sem entrar em detalhes no teor da suposta perseguição.
Na casa de Gabriel, a polícia apreendeu centenas de cartões de visitas do escritório Rezende Oliveira Consultoria & Advocacia de propriedade do advogado Elson Rezende, com seu nome impresso como se trabalhasse no local. Elson nega que o atual cliente tenha sido seu funcionário anteriormente. “Ele apenas me indicava clientes, ele não foi nem estagiário remunerado. O Gabriel é um ex-aluno”.
O advogado ainda não teve acesso aos autos para se inteirar melhor sobre as acusações contra Gabriel e a esposa. Ele conseguiu apenas parte do documento. Depois de ter todo o teor em mãos, ele vai analisar qual procedimento terá para conseguir a soltura do casal.
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