Apesar de não ser declarado suspeito para atuar no caso, juiz federal pode responder por infração ética
Envolvidos podem acionar Julier na Corregedoria do TRF
Durante o julgamento de duas exceções de suspeição, propostas pelo ex-secretário de Estado de Infraestrutura Vilceu Machetii e pela empresa Cotril Máquinas e Equipamentos LTDA, em desfavor do juiz da 1ª Vara Federal de Cuiabá, Julier Sebastião da Silva, a Quinta Turma do Tribunal Regional Federal (TRF) sugeriu aos envolvidos que as razões apresentadas no pedido são passíveis de representação disciplinar contra o magistrado junto à Corregedoria Geral da Justiça Federal.
Os integrantes da Quinta Turma, apesar de não terem julgado suspeito o juiz para atuar no caso que ficou conhecido como “Escândalo dos Maquinários”, ressaltaram que o fato do juiz Julier ter concedido entrevistas e figurar em pesquisa de opinião pública como possível candidato a cargo político seria um ato passível de ser analisado como uma infração ética. Assim, o caso seria de responsabilidade da corregedoria.
Para tanto, há necessidade de que a defesa dos réus faça a representação. Procurados pelo MidiaJur, os advogados que defendem os réus não quiseram comentar qual será o próximo passo a ser tomado.
Enquanto não há definição, a ação popular aberta para investigar o contrato de financiamento no valor de R$ 241 milhões, feito pelo Governo do Estado junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES), deverá retornar a sua tramitação normal sob a presidência do magistrado.
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