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Atitude teria pego Silval Barbosa de surpresa. No entanto, ele diz contar com a participação do partido na administração de Mato Grosso
Por mudanças no governo, PSD entrega cargos
Maurício Barbant/ALMT
Presidente da AL, Riva anunciou publicamente entrega de cargos. Para analista político isso é uma estratégia
Conforme já havia adiantado que faria, o presidente da Assembleia Legislativa e primeiro-secretário do PSD, deputado José Riva, entregou oficialmente os cargos que o partido ocupa no primeiro e segundo escalões do governo do Estado. Agora, caberá ao governador Silval Barbosa (PMDB) decidir quem ficará responsável pelo comando das pastas de Ciência e Tecnologia e de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar, bem como do Centro de Processamento de Dados do Estado (Cepromat).
Embora o anúncio fosse esperado, o parlamentar surpreendeu ao manifestá-lo ao governador durante a solenidade de reabertura dos trabalhos do Legislativo. A entrega dos cargos foi formalizada por uma carta, posteriormente entregue ao gestor.
Ao ser informado da decisão durante a solenidade, Silval Barbosa demonstrou surpresa e criticou a atitude do aliado. “Acho que esse não era o momento adequado para isso”, declarou.
Riva disse que a decisão já havia sido tomada pelo partido durante reunião realizada nesta semana, mas foi anunciada somente ontem porque nem todos os membros haviam assinado a carta. Ressaltou ainda que a atitude não representa um rompimento com o governo e que o partido apenas decidiu deixar o governador “à vontade” para promover as alterações que considerar adequadas à sua gestão.
“O PSD tomou a decisão de entregar os cargos para ter legitimidade para defender uma reforma administrativa. Entendemos que o Estado precisa passar por uma rediscussão e que o tamanho da máquina precisa ser reduzido, e entendemos que só teremos a condição de defender isso se dermos o exemplo”, justificou.
Para o cientista político João Edisom de Souza, a atitude do PSD foi uma estratégia política para abrir a possibilidade de negociações com o governo. Embora Riva diga que “o PSD não precisa de cargos no governo”, Edisom avalia que a atitude pode esconder, na verdade, o desejo do partido em ter sua participação ampliada no staff estadual. “Se for para permanecer no governo, os sociais-democratas vão querer mais do que têm hoje”, aposta.
O fato de ter feito o anúncio publicamente também foi, na visão do cientista, parte da estratégia, cujos resultados só poderão ser avaliados após o governador decidir o que fará diante da situação. “Se a intenção foi marcar a diferença com o governo nas próximas eleições, vejo que a estratégia foi correta. O partido poderá se aproveitar disso em Cuiabá, por exemplo, onde a população não está muito contente com o atual governo”, avaliou.
Por outro lado, pondera que a estratégia pode se revelar não muito adequada se a intenção principal era negociar com o governo. “Neste caso, o governador pode alegar o fato de ter sido surpreendido para se colocar na posição de vítima. Assim, o PSD não poderia cobrar tanto quanto gostaria”, ponderou.
Ainda que surpreso com a situação, Silval Barbosa disse esperar que não seja necessário demitir os secretários do PSD e ressaltou a importância de contar com o apoio do partido em sua administração.
Embora o anúncio fosse esperado, o parlamentar surpreendeu ao manifestá-lo ao governador durante a solenidade de reabertura dos trabalhos do Legislativo. A entrega dos cargos foi formalizada por uma carta, posteriormente entregue ao gestor.
Ao ser informado da decisão durante a solenidade, Silval Barbosa demonstrou surpresa e criticou a atitude do aliado. “Acho que esse não era o momento adequado para isso”, declarou.
Riva disse que a decisão já havia sido tomada pelo partido durante reunião realizada nesta semana, mas foi anunciada somente ontem porque nem todos os membros haviam assinado a carta. Ressaltou ainda que a atitude não representa um rompimento com o governo e que o partido apenas decidiu deixar o governador “à vontade” para promover as alterações que considerar adequadas à sua gestão.
“O PSD tomou a decisão de entregar os cargos para ter legitimidade para defender uma reforma administrativa. Entendemos que o Estado precisa passar por uma rediscussão e que o tamanho da máquina precisa ser reduzido, e entendemos que só teremos a condição de defender isso se dermos o exemplo”, justificou.
Para o cientista político João Edisom de Souza, a atitude do PSD foi uma estratégia política para abrir a possibilidade de negociações com o governo. Embora Riva diga que “o PSD não precisa de cargos no governo”, Edisom avalia que a atitude pode esconder, na verdade, o desejo do partido em ter sua participação ampliada no staff estadual. “Se for para permanecer no governo, os sociais-democratas vão querer mais do que têm hoje”, aposta.
O fato de ter feito o anúncio publicamente também foi, na visão do cientista, parte da estratégia, cujos resultados só poderão ser avaliados após o governador decidir o que fará diante da situação. “Se a intenção foi marcar a diferença com o governo nas próximas eleições, vejo que a estratégia foi correta. O partido poderá se aproveitar disso em Cuiabá, por exemplo, onde a população não está muito contente com o atual governo”, avaliou.
Por outro lado, pondera que a estratégia pode se revelar não muito adequada se a intenção principal era negociar com o governo. “Neste caso, o governador pode alegar o fato de ter sido surpreendido para se colocar na posição de vítima. Assim, o PSD não poderia cobrar tanto quanto gostaria”, ponderou.
Ainda que surpreso com a situação, Silval Barbosa disse esperar que não seja necessário demitir os secretários do PSD e ressaltou a importância de contar com o apoio do partido em sua administração.
Fonte:
Do DC
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/60509/visualizar/
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