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Polícia Brasil
Quinta - 02 de Fevereiro de 2012 às 21:41
Por: Hermano Freitas

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Além do prejuízo, havia risco porque os remédios não eram acondicionados corretamente, disse Alckmin. Foto: Reinaldo Marques/Terra


"Além do prejuízo, havia risco porque os remédios não eram acondicionados corretamente", disse Alckmin. (Foto: Reinaldo Marques/Terra)

 



Uma quadrilha que desviava remédios contra câncer foi presa na manhã desta quinta-feira em uma operação do Ministério Público de São Paulo com participação da Polícia Civil e da Corregedoria-Geral da Administração do Estado. Onze pessoas foram detidas, sendo a quadrilha integrada ainda por um homem já preso. Uma farmacêutica do Ministério da Saúde, que estava cedida ao governo do Estado de São Paulo, colaborava com o bando. O prejuízo aos cofres públicos é estimado em R$ 10 milhões.

Além das detenções, a Operação Medula 3 cumpriu 16 mandados de busca e apreensão na capital paulista, na Praia Grande (litoral de SP), em São Caetano do Sul (região metropolitana), no interior de São Paulo e no Rio de Janeiro. Segundo as investigações, a quadrilha roubava remédios de hospitais públicos da capital paulista, como o Instituto Brasileiro do Câncer (IBCC), Hospital Samaritano e Hospital Brigadeiro. O esquema fraudava os estoques para distribuir os remédios em clínicas que compravam os remédios desviados.

O esquema era comandado de dentro do Centro de Detenção Provisória de Pinheiros por Stefano Mantovani, que estava preso desde 2009 pelo mesmo crime. Uma interceptação telefônica revelou o papel do chefe do bando. A promotora pública Beatriz Lopes admitiu que houve falha no controle de entrada de celular dentro do CDP. "Infelizmente, por mais que tomemos medidas, não é 100% garantida a segurança", disse.

"Além do prejuízo ao erário, existia ainda o risco porque os remédios contrabandeados não eram acondicionados corretamente", disse o governador Geraldo Alckmin (PSDB). Além da capital paulista, receptavam os medicamentos roubados cidades como Rio de Janeiro, Belford Roxo na Baixada Fluminense, Praia Grande e São Caetano do Sul. Com a quadrilha, também foram apreendidos veículos e armas.

O delegado Anderson Pires Gianpaoli afirmou que as clínicas que receptavam os remédios também serão investigadas. "Se não sabiam que os medicamentos eram desviados, deveriam saber", disse.

Com informações da Agência Brasil





Fonte: Terra

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