Aeroporto de Sorriso só deve ficar pronto em maio
A inauguração do aeroporto de Sorriso (420 km ao norte de Cuiabá) foi adiada outra vez. A justificativa do secretário de Obras, Emiliano Preima, é a estação bem definida das chuvas, que inicia todos os anos em meados de outubro e encerra em março. Para ele, estas investigações, como a do Ministério Público Federal, só atrapalham o andamento da construção. "Isto atrapalha os serviços. Se não houver interferência do MPF, que não nos deixam trabalhar, vamos terminar dentro do novo prazo", disse Preima. Até maio deve ficar pronto. A pista era para ter sido concluída até novembro e, em janeiro, o terminal de embarque.
Orçado em R$ 6,968 milhões, o aeroporto tem uma pequena contrapartida municipal, sendo a maioria dos recursos da União - através do Ministério do Turismo, que oferece o dinheiro através de um convênio com a Caixa Econômica Federal. Uma empreiteira, de Cuiabá, está pavimentando a pista (1,6 mil metros por 30 metros) e outra, de Sorriso, faz o terminal de embarque e desembarque com capacidade inicial apra cerca de 20 passageiros por dia.
Investigação do MPF
O que inicialmente era um procedimento administrativo para investigar o repasse de dinheiro público e o comprometimento das empresas licitadas e da Prefeitura, que também é um órgão fiscalizador, se tornou um Inquérito Civil Público. De iniciativa da procuradora da República em Sinop, Analícia Ortega Hartz, do Ministério Público Federal (MPF), a servidora quer investigar as possíveis irregularidades constatadas durante a construção do terminal de passageiros. Estão sendo analisados os documentos relativos ao convênio envolvendo município, ministério e governo federal. A Caixa Econômica Federal também foi acionada para que encaminhe os resultados das fiscalizações das obras.
O MPF também solicitou da Controladoria Geral da União informações sobre a fiscalização no convênio SIAFI 609701, firmado entre o Município de Sorriso e o Ministério do Turismo.
O secretário de Obras disse desconhecer as investigações do Ministério Público, mas ressaltou que os "denunciantes" são os mesmos que conseguiram embargar a obra em 2008. Ele não citou nome.
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