Coligação entre PSD e PR pode unir adversários políticos
Savi e Zé Domingos podem subir em palanque juntos
O deputado estadual Mauro Savi admitiu que o PR poderá estar coligado com o PSD para disputar a prefeitura sorrisense em outubro.
Se isso ocorrer, ele e seu principal adversário político, o deputado José Domingos Fraga Filho (que foi prefeito por 3 mandatos e recentemente trocou o DEM pelo PSD) podem estar no mesmo palanque. Os dois lideram os principais grupos políticos em Sorriso juntamente com o prefeito Chicão Bedim (PMDB) que é aliado de Zé.
Savi descartou concorrer e citou que o PR e aliados têm "nomes expressivos, como de Dilceu Rossato (ex-prefeito) e Luiz Carlos Nardi (ex-vice). Temos junção de vários partidos, inclusive o PPS, e existe pré-disposição de estarmos com o PSD", afirmou Savi, em entrevista. "Podemos (Zé e ele) estar juntos, os partidos podem estar na mesma coligação. As vezes a nossa vontade pessoal é uma e do partido é outra. Como somos partidários, devemos seguir a vontade das siglas. Então, poderemos estar no mesmo palanque sim, não apenas em Sorriso mas demais cidades da região", acrescentou.
Savi adiantou que começaram a ser analisados nomes, nos dois grupos, para viabilizar o acordo e ter apoio de demais siglas. "Hoje se fala em Dobarinha entre Nardi (PR) e Ari Laffin (atual secretário de governo, filiado ao PMDB) ou de Alei Fernandes (ex-presidente da câmara que está no PSD) ou Vanderlei Paulo (atual vice) ou Claudio Zancanaro (empresário, filiado ao DEM). Não podemos analisar e ver prioritariamente o partido para ser o cabeça de chapa. Mas, sim, o nome, a liderança. É claro que cada grupo vai buscar emplacar o candidato a prefeito. Mas vamos sentar para conversar", declarou. "Somos adversários e não inimigos. Sorriso está atravessando momento político ruim (devido a embates entre grupos) e precisamos superar isso", emendou.
O deputado considera que o prefeito Chicão Bedin (PMDB) pode ter "sérias dificuldades" para tentar a reeleição. "Há uma situação adversa ao prefeito quanto as questões de suas contas, que foram reprovadas pela câmara, e ele está inelegível. Analisando por este cenário, o quadro é favorável para a oposição, mas pode surgir uma candidatura de consenso entre nossos grupos. Temos líderes, nas duas alas, que não têm posicionamentos radicais e podem ser nomes consensuais. Estamos abertos ao diálogo", concluiu.
Chicão e sua assessoria jurídica buscam reverter a decisão da reprovação das contas de 2009, pela câmara, para que possa disputar o 2º mandato.
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