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Segunda - 30 de Janeiro de 2012 às 07:36

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Bombeiros utilizam máscaras para se protegerem de gases e da fumaça que saem dos escombros. Foto:  /AFP


Bombeiros utilizam máscaras para se protegerem de gases e da fumaça que saem dos escombros. (Foto: /AFP)




Homens do Corpo de Bombeiros encontraram ontem mais duas partes de corpos em meio ao entulho do desabamento de três prédios do centro do Rio de Janeiro. O material foi levado para um depósito em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. No sábado, outros quatro restos mortais já haviam sido achados.

Para o secretário da Defesa Civil e comandante do Corpo de Bombeiros, Sérgio Simões, há grande chance de apenas os exames de DNA permitirem que se descubra a quem pertencem as partes encontradas. Há possibilidade de os restos serem de corpos já enterrados.

Simões ainda admite a possibilidade de existirem corpos no local do desabamento. De acordo com ele, homens do Corpo de Bombeiros que trabalham nas buscas sentiram um cheiro forte no local da ventilação do prédio. Ainda há escombros para serem retirados no local e há também a suspeita de que cadáveres possam estar na parte onde ficava a escada do Edifício Liberdade, que não foi completamente destruída.

A busca no local do desabamento segue sendo feita manualmente. "Não vou parar até ter certeza que não tem mais nada aqui", afirmou Sérgio Simões, apesar da estimativa de que os trabalhos poderiam terminar no domingo.

Os desabamentos
Três prédios desabaram no centro do Rio de Janeiro por volta das 20h30min de 25 de janeiro. Um deles tinha 20 andares e ficava situado na avenida Treze de Maio; outro tinha 10 andares e ficava na rua Manuel de Carvalho; e o terceiro, também na Manuel de Carvalho, era uma construção de quatro andares. Segundo a Defesa Civil do município, 17 pessoas morreram. Cinco pessoas ficaram feridas com escoriações leves e foram atendidas nos hospitais da região. Cerca de 80 bombeiros e agentes da Defesa Civil trabalham desde a noite da tragédia na busca de vítimas em meio aos escombros. Estão sendo usados retroescavadeiras e caminhões para retirar os entulhos.

Segundo o engenheiro civil Antônio Eulálio, do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea-RJ), havia obras irregulares no edifício de 20 andares. O especialista afirmou que o prédio teria caído de cima para abaixo e acabou levando os outros dois ao lado. De acordo com ele, todas as possibilidades para a tragédia apontam para problemas estruturais nesse prédio. Ele descartou totalmente que uma explosão por vazamento de gás tenha causado o desabamento.

Com o acidente, a prefeitura do Rio de Janeiro interditou várias ruas da região. O governo do Estado decretou luto. No metrô, as estações Cinelândia, Carioca, Uruguaiana e Presidente Vargas foram interditadas na noite dos desabamentos, mas foram liberadas após inspeção e funcionam normalmente.






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