Segundo o promotor de Justiça Aluisio Antonio Maciel Neto, Lagos foi executado por Adriano Dias de Souza, que efetuou tiros pelas costas da vítima, enquanto o diretor entrava em seu carro. Conforme a denúncia, Souza se hospedou no hotel, onde a vítima morava, por duas vezes, com o objetivo de observar sua rotina.
Os mandantes do crime, de acordo com a denúncia, foram Milton Diniz Soares de Oliveira, Rafael Sasdelli Soares de Oliveira e Lucas Sasdelli Soares de Oliveira. Os três eram mantenedores da Fundação de Educação e Telecomunicação de Barretos, do Centro Educacional Soares de Oliveira (Ceso), do Sistema Educacional Soares - Ouro Branco Ltda e do Instituto Barretense de Educação e Pesquisa (Ibep), que foram vendidos para Lagos em outubro de 2010.
De acordo com o MP, eles firmaram com Lagos um contrato de cessão onerosa de direitos de exploração pelo valor de R$ 5,5 milhões, pelo qual Lagos se comprometeu a pagar R$ 5 milhões até 15 de abril de 2011, além de integralizar R$ 500 mil em investimento em curto prazo. Ele assumiu a direção das instituições, pagou parte da dívida, assumiu os encargos, mas não quitou o débito no prazo, o que teria motivado a execução.
Ainda segundo a denúncia, Lucas de Oliveira, que é médico na Santa Casa de Limeira, contatou o colega João Aparecido Domingues, que indicou Adriano de Souza para cometer o crime, sob a promessa de receber R$ 80 mil. A quantia de R$ 6 mil foi adiantada a Adriano, conforme a acusação, para que ele comprasse uma arma e um carro.
Os cinco homens foram denunciados por homicídio duplamente qualificado (mediante paga e com recurso que impossibilitou a defesa da vítima). O MP também pediu a decretação da prisão preventiva de todos.
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