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Nacional
Segunda - 30 de Janeiro de 2012 às 06:49
Por: MICHELLE ROSSI

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Valdenir Rezende/ Correio do Estado

Ele havia comprado a moto há poucos meses, e depois do roubo, decidiu investir em um veículo de quatro rodas. "Preferi sair desse segmento. Acho o carro mais seguro. A exposição é menor", descreve. O roubo aconteceu em 2010 e até hoje sua motocicleta, uma 150 cilindradas, não foi recuperada.

De acordo com dados da Confederação Nacional das Empresas de Seguros, as motocicletas estão no topo da lista entre os veículos mais subtraídos no ano passado no Estado. O modelo Honda CG-125, teve 631 unidades roubadas/furtadas; seguida da Honda CG-150, com 225 unidades. "Aumentou a frota desses veículos circulando pelas ruas, portanto, as oportunidades para a prática dos roubos também são maiores", resumiu o delegado Geraldo Barbosa, da Delegacia Especializada em Roubos e Furtos de Veículos (Defurv).

Segundo o Departamento Estadual de Trânsito (Detran), a frota de motocicletas aumentou, em apenas um ano, 9.9%, de 91,8 mil para 100,2 mil, entre 2010 e 2011 – dados que consideram apenas a motocicletas e, portanto, não incluem as motonetas, motociclos e ciclomotores.

Chave-falsa

A facilidade que os criminosos encontram para roubar e furtar as motos tem elevado as estatísticas desses crimes, explica o delegado. "Dia desses prendemos um homem empurrando a moto pela rua, em plena luz do dia, para furtá-la. Eles levam esses veículos para a própria casa e lá fazem o desmanche. Já localizamos motos em salas, cozinhas e quartos (de bandidos) sendo desmontadas", cita.

Os furtos acontecem, na maioria das vezes, com o emprego de chaves-falsas. "Como a maior parte das motos ainda não contam com alarmes, fica ainda mais fácil o serviço", observa o delegado. Já o assalto, onde a violência é empregada, não representava altos índices nas estatísticas de subtração dos veículos de duas rodas. Mas os números vêm aumentando na Capital. Segundo Barbosa, o motivo é a utilização do veículo para a prática de outros crimes logo na sequência.

Cerca de 60% dos assaltos, na área central da cidade, por exemplo, são cometidos por duplas de homens em uma motocicleta, indica o delegado da 1ª Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande, Wellington de Oliveira. "Uma ideia seria restringir a circulação de motos na área central em horário comercial. Com esses veículos, eles (os criminosos) escapam muito rápido", cita o delegado que faz levantamentos periódicos e traça o mapa da criminalidade no centro de Campo Grande.

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