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Nacional
Sábado - 28 de Janeiro de 2012 às 08:30

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Bombeiro caminha sobre escombros de prédio que desabou no centro histórico do Rio. Foto: Victor R. Caivano/AP


Bombeiro caminha sobre escombros de prédio que desabou no centro histórico do Rio. (Foto: Victor R. Caivano/AP)



O Conselho Regional de Agronomia e Engenharia do Rio de Janeiro (Crea-RJ) divulgou na sexta-feira levantamento que aponta que 83% (24.530) de um total de 29.426 obras visitadas pela entidade em 2011 estavam em situação regular. O anúncio ocorre dois dias depois de três prédios desabarem no centro histórico da capital fluminense, deixando feridos e mortos em uma tragédia que tem como uma de suas possíveis explicações a realização de reformas irregulares.

Notificados sobre as irregularidades, 3.155 (dentre 4.896) empreendimentos readequaram o trabalho atendendo às recomendações feitas pelos técnicos da fiscalização. As demais foram autuadas por não terem seguido as orientações.



Segundo o Crea-RJ, não havia nenhum registro no sistema sobre obras no edifício Liberdade, no número 40 da avenida Treze de Maio. "A atividade fim do Crea-RJ é a fiscalização do exercício e da atividade profissional para assegurar à sociedade a prestação de serviços por profissionais habilitados. É função do conselho coibir a atuação de leigos, que é perigosa, pois coloca em risco a segurança da população", afirma a nota da entidade.

Os desabamentos
Três prédios desabaram no centro do Rio de Janeiro por volta das 20h30min de 25 de janeiro. Um deles tinha 20 andares e ficava situado na avenida Treze de Maio; outro tinha 10 andares e ficava na rua Manuel de Carvalho; e o terceiro, também na Manuel de Carvalho, era uma construção de quatro andares. Segundo a Defesa Civil do município, 14 pessoas morreram. Cinco pessoas ficaram feridas com escoriações leves e foram atendidas nos hospitais da região. Cerca de 80 bombeiros e agentes da Defesa Civil trabalham desde a noite da tragédia na busca de vítimas em meio aos escombros. Estão sendo usados retroescavadeiras e caminhões para retirar os entulhos.

Segundo o engenheiro civil Antônio Eulálio, do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea-RJ), havia obras irregulares no edifício de 20 andares. O especialista afirmou que o prédio teria caído de cima para abaixo e acabou levando os outros dois ao lado. De acordo com ele, todas as possibilidades para a tragédia apontam para problemas estruturais nesse prédio. Ele descartou totalmente que uma explosão por vazamento de gás tenha causado o desabamento.

Com o acidente, a prefeitura do Rio de Janeiro interditou várias ruas da região. O governo do Estado decretou luto. No metrô, as estações Cinelândia, Carioca, Uruguaiana e Presidente Vargas foram interditadas na noite dos desabamentos, mas foram liberadas após inspeção e funcionam normalmente.

Veja a localização do desabamento:





Fonte: Terra

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