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Cidades/Geral
Sexta - 27 de Janeiro de 2012 às 11:21
Por: MARCO ANTÔNIO MARTINS

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Foi enterrado na manhã desta sexta-feira uma das vítimas do desabamento de prédios, na última quarta-feira, no centro do Rio. Celso Braga Cabral Filho, 44, estava trabalhando no sexto andar do prédio Liberdade --o maior dos três que ruíram-- quando aconteceu o acidente.

Cabral Filho trabalhava para a empresa Tecnologia Organizacional, que possuía vários andares no edifício. Ele era casado e tinha dois filhos --de 19 e 17 anos. " Ele estava lá até tarde para adiantar os trabalhos", disse o pai dele, Celso Braga Cabral.

O enterro de Cabral Filho aconteceu no cemitério do Maruí, em Niterói, região metropolitana do Rio. Cerca de 200 pessoas acompanharam o enterro.

Até o momento, sete corpos foram resgatados dos escombros do desabamento. Além de Cabral Filho, foram identificados também o zelador Cornélio Ribeiro Lopes, 73; sua mulher, Margarida Vieira de Carvalho, 73; e o catador de papelão Moisés Moraes da Silva (idade não revelada).

O número de desaparecidos passa de 20 pessoas, de acordo com o último balanço divulgado pela prefeitura. As buscas na região continuam com homens da prefeitura, Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil.

  Juca Varella/Folhapress  
Vítima de desabamento, Celso Braga Cabral Filho, 44, é enterrado no cemitério do Muruí, em Niterói (RJ)
Vítima de desabamento, Celso Braga Cabral Filho, 44, é enterrado no cemitério do Muruí, em Niterói (RJ)

DESABAMENTO

Os três prédios localizados ao lado do Theatro Municipal desabaram por volta das 20h30. O teatro não foi atingido, mas seu anexo, onde funciona a bilheteria, sofreu danos por causa dos escombros.

Devido ao trabalhos no local do desabamento, a avenida Treze de Maio (onde ocorreu os desabamento) permanece interditada. A avenida Almirante Barroso também foi bloqueada entre a rua Senador Dantas e a avenida Rio Branco. Já Senador Dantas funciona com mão invertida entre a Almirante Barroso e a rua Evaristo da Veiga.

  Juca Varella/Folhapress  
Theatro Municipal do Rio fica coberto de poeira após desabamento de três prédios na noite de quarta-feira
Theatro Municipal do Rio fica coberto de poeira após desabamento de três prédios na noite de quarta-feira

O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), afirmou ontem (26) que os indícios apontam que é improvável que o desabamento dos três prédios tenham sido causado por uma explosão. A principal hipótese até o momento aponta para problema na estrutura de um dos prédios.

"Provavelmente, houve uma falha estrutural do prédio maior --de 18 andares-- que levou ao desabamento dos outros dois prédios menores --de dez e quatro andares", afirmou o prefeito. Ele acrescentou ainda que a resposta definitiva sobre as causas do desabamento será dada pela perícia.

Segundo o Crea (Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura) do Rio, não havia qualquer registro da obra que estava sendo realizada em dois andares de um dos prédios que desabou. De acordo com relatos de testemunhas, havia obras nos 3º e 9º andares do prédio.

A prefeitura informou que os três prédios estavam em situação regular e possuíam Habite-se --documento emitido pelo município.

Os prédios da região foram interditados. De acordo com os bombeiros, eles não foram comprometidos, mas foram evacuados por precaução. O prédio do Liceu Literário Português é um dos que foram esvaziados.






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