Credores privados oferecem perda de quase 70% na dívida grega
O IIF (sigla em inglês para Instituto de Finanças Internacionais, em tradução livre) fez uma oferta para assumir perdas de quase 70% sobre a dívida grega nas negociações sobre a contribuição privada para um socorro ao país, disse o presidente do Deutsche Bank, Josef Ackermann, à emissora de televisão alemã N-TV.
"Colocamos sobre a mesa uma oferta muito atraente", afirmou Ackermann, que também preside o lobby bancário IIF, sobre uma proposta em discussão em Atenas.
O IIF está coordenando uma oferta por parte dos credores do setor privado, conhecida como PSI (sigla em inglês para Iniciativa do Setor Privado).
"A proposta é de perdas de quase 70% que estamos preparados para assumir", detalhou Ackermann em entrevista à emissora nesta sexta-feira. "Todos precisam fazer uma contribuição".
O comissário europeu para Assuntos Econômicos, Olli Rehn, também deu sinais de que um acordo entre Grécia e seus credores privados pode sair muito em breve com o intuito de evitar um default (suspensão de pagamentos).
"Estamos muito perto de fechar o acordo", disse Rehn durante o Fórum Econômico Mundial, que acontece em Davos, na Suíça. "No pior dos cenários, o fecharemos até o final do mês".
Segundo ele, uma solução pode ser anunciada ainda nesta sexta-feira ou no fim de semana.
O governo grego negocia com os credores privados um perdão de 100 bilhões de euros, de uma dívida que soma 350 bilhões de euros.
"Precisamos de uma solução sólida para Grécia, uma vez que se trata de um caso especial", defendeu. "A participação do setor privado não será solicitada para nenhum outro país da União Europeia".
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