Forças chinesas matam mais dois ativistas no Tibete
Ao menos dois tibetanos foram mortos na província de Sichuan, no sudoeste da China, quando forças de segurança dispararam contra manifestantes, disse um grupo de ativistas tibetano, elevando a quatro o saldo de mortes em vários confrontos contra o controle governamental desde segunda-feira.
A violência deve aumentar a tensão nas terras altas de Sichuan, palco frequente de rebeliões e que faz fronteira com o Tibete, onde forças de segurança têm lutado para manter o controle sobre comunidades com grande presença de budistas.
Pelo menos duas pessoas foram mortas a tiros e muitas ficaram feridas durante os protestos no condado de Seda na terça-feira, afirmou o grupo Free Tibet, grupo sediado em Londres no mesmo dia.
"Os moradores descrevem a cidade como sob toque de recolher: foram alertados a não sair de suas casas e agora temem que se o fizerem serão alvejados", disse o grupo em um comunicado.
Apelos ao governo do condado e ao escritório de segurança pública, cerca de 680 km a oeste de Chengdu, capital de Sichuan, não foram atendidos.
Mas nesta quarta-feira, a agência estatal de notícias Xinhua confirmou os embates em Seda, dizendo que a polícia foi forçada a abrir fogo, matando um "baderneiro", quando os manifestantes atacaram uma delegacia de polícia com garrafas de gasolina, facas e pedras.
"A polícia foi obrigada a usar a força depois que os esforços envolvendo persuasão e armas não fatais para dispersar a multidão fracassaram", disse a Xinhua, acrescentando que 14 policiais foram feridos e 13 pessoas foram presas.
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