Dorileo Leal, do Grupo Gazeta, foi alvo de ação do atual senador pelo PDT
Rusgas com Serys e Taques dificultam articulação de Dorileo
A escassez de candidatos à Prefeitura de Cuiabá, aliada às indefinições, não tem sido empecilho para a exposição de rusgas antigas e novas de lideranças políticas. Mesmo sem nomes definidos pelos partidos, os palanques estão divididos. O grupo do senador Pedro Taques (PDT), que busca reforço na liderança local da ex-senadora Serys Slhessarenko (PT), não estará no arco de aliança do peemedebista João Dorileo Leal.
Liderado pelo senador, o Movimento Mato Grosso Muito Mais, formado pelo PDT, PPS, PSB e PV, tem priorizado o nome do empresário Mauro Mendes (PSB) para disputar a Prefeitura da Capital. Apesar da viabilidade eleitoral apresentada neste momento, o socialista não oficializa a sua candidatura, deixando o grupo inseguro e, por outro lado, engessado.
Com celeuma contra candidato peemedebista, Taques não estará no mesmo palanque do PMDB, tendo Dorileo como "cabeça de chapa". O imbróglio entre Taques e Dorileo foi "revigorado" em 2011 por conta de uma ação contra o empresário dono do Grupo Gazeta de Comunicação, desencadeada quando o senador era procurador da República em Mato Grosso. O processo apura suposto envolvimento do peemedebista em lavagem de dinheiro. O peemedebista nega a acusação e diz que já fez os esclarecimentos necessários.
Já a ex-senadora evita falar em qualquer indisposição com Dorileo Leal. A petista alega que ainda é muito cedo. "Precisamos esperar para saber quem será candidato", diz a ex-parlamentar. Questionada se teria algum problema em apoiar Dorileo, Serys respondeu que não estava sabendo da candidatura dele.
A petista pontua que qualquer decisão passa pelo partido. "É possível uma aliança com todos os partidos da base do governo da presidente Dilma", pondera Serys. O PMDB é aliado da presidente. Ela não quer chamar para si qualquer responsabilidade de decisão de apoio.
"Os delegados vão votar e decidir. Eu não sou nem da direção do partido", esquiva-se Slhessarenko.
Mesmo sem participação pessoal na composição do diretório do PT de Cuiabá, a ex-senadora tem o controle do partido. O grupo dela dirige há anos a sigla na Capital. Serys mantém uma indisposição com Dorileo desde a década de 90, quando o jornal comandado pelo empresário levantou uma suspeita, considerada absurda, de que ela poderia ter participação no atentado contra Sivaldo Dias Campos, então aliado da ex-senadora.
Desde esta época a ex-senadora ingressou com várias ações contra o empresário da Comunicação. A Justiça deu ganho de causa para Serys em algumas delas.
Encontro
Conhecido de longa data, Serys e Taques se reuniram na semana passada em Cuiabá. Eles discutiram sobre possibilidades de alianças. A conversa durante um café da manhã serviu também para fazer uma avaliação do atual cenário, além de mostrarem as suas impressões da conjuntura local.
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