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Policia MT
Terça - 24 de Janeiro de 2012 às 17:22

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Cleverton Neves /Só Notícias

A situação no presídio Osvaldo Florentino, o "Ferrugem", é tensa e, até o momento, as negociações não avançaram para o desfecho do motim que os detentos promovem desde ontem à tarde. O tenente coronel PM Celso Henrique Souza Barboza assumiu o comando das negociações. Homens do Comando Tático (Cotar) foram acionados para dar apoio nas ações. Eles entraram,  na unidade prisional. Uma ambulância do município está no local, atendendo a uma solicitação do diretor do presídio, Cleiton Norberto.

Os presos amotinados estão nas celas 1, 2 e 3, localizadas no raio verde, da unidade prisional. Segundo informações de agentes penitenciários, neste local foram cortados o fornecimento de energia elétrica, água e também a comida. Uma viatura de combate a incêndio do Corpo de Bombeiros foi até o local, mas para fazer a distribuição de água para as outras alas que não participam do motim. A tentativa, neste momento, é de vencer os presidiários revoltosos pelo cansaço e também fome.

O capitão PM Victor Prado disse que policiais e agentes penitenciários fizeram o cerco as celas onde os detentos estão amotinados. Ele informou que os presos destruíram totalmente as paredes que fazem a divisão entre as celas 1 e 2 e entre a 2 e 3. Colchões foram incendiados pelos presidiários nestas celas na tentativa de chamar a atenção para as reivindicações deles. O policial militar afirmou que nenhum preso ficou ferido durante a ação. Ainda será contabilizado o estrago feito pelos presos e deverá ser feita uma reforma no local para restaurar as celas.

Nesta segunda-feira (23), os presos pediam a presença do juiz da Vara Criminal e também do representante dos direitos humanos, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Nenhum dos dois compareceram ao local durante a manifestação dos detentos. Os detentos se rebelaram durante a realização de uma revista no local. Antes que os agentes e policiais entrassem nas celas, eles passaram "marias teresas" (cordas artesanais) nas portas e se "trancaram" dentro das celas, impedindo a entrada dos policiais.

A revolta seria por causa de uma revista para checar uma denúncia que os presos estariam cavando um túnel para fugir. Do lado de fora, onde estava toda a imprensa do município, foi possível ouvir alguns disparos. No pátio do presídio, outros agentes procuram por um possível túnel. Nada foi encontrado até o momento.

O diretor da penitenciária, Cleiton Norberto, afirmou que o motim se deu devido a apreensão de drogas realizada durante o dia de visitas, no domingo. Como a droga não conseguiu passar para os detentos, eles se revoltaram. Ele também negou que algum detento tenha sido ferido.






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