Ataque suicida provoca morte de 4 civis na Somália
Pelo menos quatro civis morreram em um atentado suicida contra uma instalação militar na Somália, nesta terça-feira. A explosão foi reivindicada pela milícia radical islâmica Al Shabab.
A ação aconteceu na cidade de Baladweyne, próximo à fronteira com a Etiópia. Testemunhas consultadas pelas agências Associated Press e Efe afirmaram que um veículo se aproximou do prédio e detonou os explosivos. No local, servidores do governo somali se reuniam com oficiais do Exército etíope, que controlam a cidade desde o início do ano.
De acordo com vizinhos ao local, consultados pela Efe, a explosão atingiu um restaurante próximo, onde quatro pessoas morreram. Já a milícia Al Shabab, vinculada à Al Qaeda, afirmou em comunicado que "dezenas" de pessoas morreram no edifício.
COMBATE
Desde sexta-feira, forças militares pró-governo lançaram uma ofensiva na capital somali, Mogadício, em uma tentativa de reconquistar o território controlado pelo Al Shabab.
De acordo com informações da emissora britânica de TV BBC, cerca de mil soldados somalis participaram da operação contra as bases do grupo terrorista com o auxílio de mais 20 tanques militares. O Al Shabab está sendo combatido em diversas frentes, com tropas do Quênia e da Etiópia contribuindo.
Foi a maior ofensiva perpetuada pelas forças do governo e da UA (União Africana) desde agosto de 2011, afirmou a BBC.
Tropas do Djibuti chegaram recentemente a Mogadício para se juntar aos cerca de 12 mil soldados das tropas da UA, enquanto a organização africana pede à ONU para aprovar um aumento de 50% no número de militares.
TERRORISMO
Militantes islamistas do Al Shabab, grupo extremista islâmico supostamente ligado à rede terrorista Al Qaeda, combatem a presença de forças estrangeiras da ONU e da União Africana no país. A Somália está em pé de guerra e não tem um governo funcional desde 1991.
Em novembro do ano passado, rebeldes do Al Shabab fecharam 16 organizações não governamentais e agências humanitárias da ONU acusadas de "atividades ilegais" na Somália.
O grupo, que controla parte do país do Chifre da África, ameaçou fazer o mesmo com qualquer outra organização que desrespeite as regras que ele estabelece.
Em julho, no pico da crise, o Al Shabab chegou a suspender o bloqueio da ajuda emergencial que impõe sobre agências do Ocidente, mas cancelou a medida mais tarde.
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