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Nacional
Sexta - 25 de Outubro de 2013 às 11:32

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Policiais do 14º BPM (Bangu), dentro da casa onde as vítimas estavam

Policiais do 14º BPM (Bangu), dentro da casa onde as vítimas estavam Foto: Bruno Gonzalez / Agência O Globo
Paolla Serra

As famílias do casal Toni Anderson, de 37 anos, e Renata Souza da Silva, de 30 - donos da casa onde eles e outras cinco pessoas foram assassinadas, na noite desta quinta-feira - temiam que uma tragédia pudesse acontecer.

De acordo com o tio de Toni, o aposentado Iderval Antônio Gonçalves, o desempregado era viciado em drogas e o local virou um “ponto de encontro” para consumo. Nesta manhã, policiais militares do 14º BPM (Bangu) estiveram na residência.

- Nossa família está consternada. Sabíamos que ele (Toni) estava envolvido com a droga numa frequência grande. Ele já foi um bom garoto, mas ficou perdido porque ali realmente virou um local só para fumar.

Uma viatura da PM, em frente a casa de Toni e Renata

Uma viatura da PM, em frente a casa de Toni e Renata Foto: Bruno Gonzalez / Agência O Globo

 

A polícia, na porta da casa onde houve a chacina, em Realengo

A polícia, na porta da casa onde houve a chacina, em RealengoFoto: Fernando Quevedo / Agência O Globo

 

Iderval conta ainda que o irmão mais novo de Toni morreu baleado há alguns anos. Atualmente, Toni fazia bicos tomando conta de carros. O casal de filhos, de 2 e 9 anos - que estão sob os cuidados de parentes desde que a Justiça tirou a guarda de Toni e Renata - ainda não sabe das execuções dos pais.

- Viemos de um berço bom, trabalhador. Mas de repente, começaram a aparecer os problemas. Os avós dele morreram, depois o pai saiu de casa e a casa virou uma bagunça. Já tentaram tirar o Toni algumas vezes desse caminho errado, mas depois desistiram. A droga destruiu nossa família - lamentou.

Iderval lamenta a morte do sobrinho na chacina

Iderval lamenta a morte do sobrinho na chacina Foto: Fernando Quevedo / Agência O Globo

 

A tia de Toni, Valéria de Oliveira Freitas, que foi até a casa do sobrinho várias vezes desde a chacina, contou ter ouvidos tiros na noite de ontem.

- Não quis acreditar. Ele era como um filho pra mim e sei que ele me considerava uma mãe. Sei que ele não fazia as coisas muito certas, mas no fim ele fazia mal só para ele. Meu coracao está despedaçado, com uma dor muito grande.

- Toda vez que precisei de um pai, meu tio se fez presente. Eu não sei se ele era metido com drogas. Ele era uma pessoa maravilhosa e nunca me fez mal - disse a sobrinha do desempregado, Paola alves, de 12 anos.

Familiares e amigos dos mortos, na porta da casa

Familiares e amigos dos mortos, na porta da casa Foto: Fernando Quevedo / Agência O Globo

 

Além de Toni e Renata, foram mortos os irmãos Amanda Silva Guimarães, de 27 anos, e Cleiton Guimarães Luan Santos da Cunha (idade não divulgada); Leandro Marcos Pereira, de 24 anos; e Alex de Amorim, de 28 anos.

Vizinhos se desesperam ao saber do crime

Vizinhos se desesperam ao saber do crime Foto: Fernando Quevedo / Agência O Globo

 

De acordo com moradores, três carros chegaram ao local por volta de 23h. O delegado Pablo Rodrigues, da Divisão de Homicídios, afirmou que homens encapuzados usaram uma van estacionada na calçada para pular o muro da casa. Segundo Rodrigues, o grupo teria usado um fuzil calibre 556 e pistola 9 milímetros para a execução.

Os corpos sendo retirados da casa pela Defesa Civil

Os corpos sendo retirados da casa pela Defesa Civil Foto: Fernando Quevedo / Agência O Globo

 

Dentro da casa foram encontrados uma pequena quantidade de maconha, cachimbos e papel de seda. O delegado não descartou qualquer motivação para o crime, mas suspeita de acerto por dívida. Rodrigues disse até mesmo o dono da van estacionada na porta da casa será incluído na investigação.






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