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Vistoria do CRM em unidade de saúde comprova a situação de descaso e de abandono vivida por pacientes
Hospital Psiquiátrico acumula problemas
O serviço de saúde mental mato-grossense é o retrato fiel do abandono, do descaso e do desrespeito aos usuários do SUS e suas famílias, conforme comprovou a mais recente vistoria de uma comissão de médicos nomeada pelo Conselho Regional de Medicina (CRM) às unidades do Hospital Psiquiátrico Adauto Botelho.
Na unidade de tratamento de dependentes de álcool e drogas, localizada perto da sede do Detran, foram levantados indícios da entrada de bebidas e drogas para consumo dos pacientes. Por causa da precariedade das instalações e da falta de suporte técnico, o hospital funciona 40% abaixo da capacidade.
Criado para atender 50 pacientes, atualmente tem apenas 27 internados, conforme relatórios divulgados ontem à tarde pela presidente do CRM-MT, Dalva Alves das Neves, e pelo vice-presidente Arlan de Azevedo Ferreira.
Lá, informa o CRM, 80% dos pacientes são dependentes que foram internados compulsoriamente (por determinação judicial) porque recusavam o tratamento, seja pela dependência do álcool ou por drogas (como crack e cocaína).
Nessa unidade, conforme o vice-presidente Arlan de Azevedo Ferreira e o conselheiro Valdiro José Cardoso Júnior, responsáveis pela vistoria, havia pacientes que estavam há semanas sem medicamentos. E, ainda, doentes mentais misturados com dependentes de drogas.
Em todas as unidades, denunciam os diretores do CRM, faltam medicamentos, os equipamentos estão danificados por falta de manutenção, as camas quebradas, o esgoto correndo a céu aberto, o lixo armazenado inadequadamente, as paredes com infiltrações, os banheiros que não funcionam (sequer têm chuveiro) e a rede elétrica com fiação exposta.
Nas duas alas de internação masculina da unidade do Coxipó, no bairro Coophema, uma com capacidade para 30 e outra para 20 pacientes, não há “carro de parada”, ou seja, o conjunto de equipamentos para atendimento de urgência de pacientes, como exige a legislação, entre eles o desfibrilador (para socorro cardíaco).
O laringoscópio não funciona e as medicações de urgência são armazenadas em uma caixa, sem muita organização. Também não há número adequado de cânulas e as que existem estão com prazo de validade vencido – e, além disso, o aspirador também não tem condições de uso, diz o documento. Situação similar se verifica na Ala Feminina, que dispõe do mesmo número de vagas.
No Pronto Atendimento (PA), que também funciona no Coophema, onde há 14 leitos para observação dos pacientes por até 72 horas, o laringoscópio não funciona porque está sem pilha, faltam diversas medicações (incluindo adrenalina), enquanto a sala de acolhimento está com as paredes descascadas e infiltrações. No posto de enfermagem não há chave ou tranca no armário de medicamentos psicotrópicos, onde bolsas e outros pertences dos funcionários se misturam aos remédios.
A situação do Adauto está sendo denunciada ao Ministério Público Estadual para que o governo possa ser acionado judicialmente e fazer as melhorias na saúde.
O secretário de Saúde, Pedro Henry, disse que quem denunciou a situação do Adauto Botelho foi ele, com o objetivo de implantar uma “política de saúde mental”. Entretanto, teria encontrado resistência por parte dos servidores. Nos próximos meses, prevê o secretário, o Governo do Estado receberá um projeto de mudanças sugerido pelo professor da Escola Paulista de Medicina, Ronaldo Laranjeiras, que já esteve em Cuiabá conhecendo o serviço atual.
Na unidade de tratamento de dependentes de álcool e drogas, localizada perto da sede do Detran, foram levantados indícios da entrada de bebidas e drogas para consumo dos pacientes. Por causa da precariedade das instalações e da falta de suporte técnico, o hospital funciona 40% abaixo da capacidade.
Criado para atender 50 pacientes, atualmente tem apenas 27 internados, conforme relatórios divulgados ontem à tarde pela presidente do CRM-MT, Dalva Alves das Neves, e pelo vice-presidente Arlan de Azevedo Ferreira.
Lá, informa o CRM, 80% dos pacientes são dependentes que foram internados compulsoriamente (por determinação judicial) porque recusavam o tratamento, seja pela dependência do álcool ou por drogas (como crack e cocaína).
Nessa unidade, conforme o vice-presidente Arlan de Azevedo Ferreira e o conselheiro Valdiro José Cardoso Júnior, responsáveis pela vistoria, havia pacientes que estavam há semanas sem medicamentos. E, ainda, doentes mentais misturados com dependentes de drogas.
Em todas as unidades, denunciam os diretores do CRM, faltam medicamentos, os equipamentos estão danificados por falta de manutenção, as camas quebradas, o esgoto correndo a céu aberto, o lixo armazenado inadequadamente, as paredes com infiltrações, os banheiros que não funcionam (sequer têm chuveiro) e a rede elétrica com fiação exposta.
Nas duas alas de internação masculina da unidade do Coxipó, no bairro Coophema, uma com capacidade para 30 e outra para 20 pacientes, não há “carro de parada”, ou seja, o conjunto de equipamentos para atendimento de urgência de pacientes, como exige a legislação, entre eles o desfibrilador (para socorro cardíaco).
O laringoscópio não funciona e as medicações de urgência são armazenadas em uma caixa, sem muita organização. Também não há número adequado de cânulas e as que existem estão com prazo de validade vencido – e, além disso, o aspirador também não tem condições de uso, diz o documento. Situação similar se verifica na Ala Feminina, que dispõe do mesmo número de vagas.
No Pronto Atendimento (PA), que também funciona no Coophema, onde há 14 leitos para observação dos pacientes por até 72 horas, o laringoscópio não funciona porque está sem pilha, faltam diversas medicações (incluindo adrenalina), enquanto a sala de acolhimento está com as paredes descascadas e infiltrações. No posto de enfermagem não há chave ou tranca no armário de medicamentos psicotrópicos, onde bolsas e outros pertences dos funcionários se misturam aos remédios.
A situação do Adauto está sendo denunciada ao Ministério Público Estadual para que o governo possa ser acionado judicialmente e fazer as melhorias na saúde.
O secretário de Saúde, Pedro Henry, disse que quem denunciou a situação do Adauto Botelho foi ele, com o objetivo de implantar uma “política de saúde mental”. Entretanto, teria encontrado resistência por parte dos servidores. Nos próximos meses, prevê o secretário, o Governo do Estado receberá um projeto de mudanças sugerido pelo professor da Escola Paulista de Medicina, Ronaldo Laranjeiras, que já esteve em Cuiabá conhecendo o serviço atual.
Fonte:
Do DC
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/61184/visualizar/
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