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Sexta - 25 de Outubro de 2013 às 10:31

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Marcus Vaillant
Advogado Zaid Arbid diz que houve um erro material do julgador ao calcular a pena de João Arcanjo e por isso vai recorrer

Para o advogado Zaid Arbid, que há mais de 8 anos defende o ex-chefão do crime organizado de Mato Grosso, João Arcanjo Ribeiro, a condenação do seu cliente a 19 anos de prisão não pode ser considerada como uma derrota. Ressalta que o poder de massificação através da mídia, os 10 anos de prisão formam um pré-julgamento, um pré-conceito. Ele também acredita que até dezembro deste ano Arcanjo já tenha direito à progressão de pena para o regime semi-aberto. Ele já está preso há 10 anos, e conforme a defesa, tem direito ao benefício com o cumprimento de 1/6 de pena.

Em sua linha de raciocínio e defesa, pontua que adolescentes que em 2002, época do crime tinham 12 ou 14 anos estão hoje com , 23, 24 e 25, e são eles que foram informados sobre a condição de Arcanjo ouvindo pela massificação da imprensa que el foi um criminoso, chefão do crime organizado. “É muito dificil você desmanchar isso. Ainda que não fosse verdade a gente conhece a máxima popular de que a mentira dita muitas vezes se torna verdade”, argumentou ele.

“Houve um equívoco, um erro material do julgador porque deveria ter considerado o tempo exato que ele tem recluso e somado a isso não só os 7 anos recluso no Brasil, mas também outros 3 anos, 6 meses e 14 dias que ficou recluso no Uruguai. Com isso Arcanjo soma hoje 10 anos, 6 meses e 14 dias reclusos”. diz ele ao lembrar que o crime que é imputado ao seu cliente ocorreu em 30 de setembro de 2002 quando ainda não existia no Brasil a lei do crime hediondo que prevê pena maior para crimes contra a vida.

Zaid Arbid diz que o equívoco ocorreu ao não ter ser considerado o tempo total de prisão no Brasil e Uruguai e a não existência da lei de crimes hediondos à época do crime. Sobre outros crimes que Arcanjo responde, ele entende que o cálculo da pena deve ser feito em cada ação, em separado e isso não pode impedir de ele conseguir a progressão de pena nessa condenação por homicídio qualificado. Zaid vai recorrer da decisão já nos próximos dias. Arcanjo deve ser levado de volta já nesta sexta-feira (25) para a Penitenciária de Segurança Máxima de Porto Velho, em Rondônia.

Para o advogado, os 3 votos favoráveis ao seu cliente foi um ponto positivo. “Foi uma resposta positiva porque ninguém dá 3 votos para alguém se não tem dúvidas. “Mas acho que é um conforto. A situação que ele estava, entrou numa banca de sentença onde todos diziam que a bolsa de apostas era 20 mil por 1. Se você consegue 3 votos em 7, acho que é uma coisa gratificante”, finalizou.





Fonte: A Gazeta

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