O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Salvador tinha até sexta-feira apenas 21 ambulâncias em operação, 51,2% do mínimo de 41 unidades que devem circular na capital, segundo exigência do Ministério da Saúde.
As outras 20 estão paradas à espera de manutenção no pátio do bairro Pau Miúdo ou em reparação na oficina, localizada na Ladeira da Fonte, ao lado do Complexo Policial dos Barris.
Devido à deficiência, o tempo médio de atendimento passou de 15 minutos para até duas horas, informou a médica Socorro Mendonça de Campos, no serviço desde sua inauguração em 2005. As ambulâncias quebradas apresentam problemas no motor, no câmbio de marcha, pneus carecas, chaparias danificadas, a maioria deles resultante do desgaste.
Licitação
O problema se deve a entraves burocráticos. Segundo informações da coordenação administrativa da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), a Prefeitura de Salvador foi obrigada pelo Tribunal de Contas do Município (TCM) a abrir processo de licitação - o que foi feito em outubro - para a prestação de manutenção das ambulâncias.
O TCM não considerou, contudo, o reparo mecânico um serviço contínuo. Isso impediu a renovação contratual com a oficina Para-Choque, que desde 2007 realiza os reparos nas unidades.
A renovação com a Para-Choque, segundo a SMS, ocorreria em dezembro, quando venceu o contrato de um ano. A licitação, que teve chamamento público publicado em jornal de grande circulação e prevê a manutenção de 60 ambulâncias, foi objeto de recurso.
Mas o pregão eletrônico, na modalidade menor preço, já foi realizado no último dia 16. Agora, está sendo analisada a documentação.
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