Repórter News - reporternews.com.br
Polícia Brasil
Quarta - 18 de Janeiro de 2012 às 09:40

    Imprimir


Batalhão de Choque e cães ajudaram a controlar rebelião. (Foto: Katherine Coutinho / G1)
Batalhão de Choque e cães ajudaram a controlar
rebelião. (Foto: Katherine Coutinho / G1)



A Polícia Civil deve concluir até a próxima sexta-feira (27) o inquérito sobre os três jovens assassinados na rebelião que aconteceu na terça-feira (10) na Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase), localizada no município do Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife. Segundo a delegada Marissandra Cavalcanti, responsável pelo caso, os culpados pelas mortes já foram identificados.

O caso está sendo investigado pela Delegacia de Crimes Violentos Letais Intencionais do Cabo. “Ainda estamos ouvindo algumas testemunhas, por isso não posso dar mais detalhes, para não atrapalhar a conclusão das investigações. Vou enviar nesta semana ou, mais tardar, na próxima a autoria dos crimes para a Justiça e então poderei dar mais detalhes”, explica a delegada.

Apesar de não poder esmiuçar o caso, quantidade de pessoas envolvidas ou nomes, Marissandra afirma que não tem encontrado problemas durante as investigações, tanto que já foram identificados os culpados. “Está tudo tranquilo”, conta.

Rebelião
Na tarde da terça-feira (10), jovens da Funase do Cabo de Santo Agostinho deflagraram uma rebelião. Eles incendiaram colchões e conseguiram bloquear o portão principal da unidade. Os jovens jogaram muitas pedras para o lado de fora, atingindo carros estacionados. A Polícia Militar só conseguiu invadir o local quatro horas depois do início da confusão. Três agentes socioeducativos foram feitos reféns pelos internos, mas foram libertados pelos policiais. O motim deixou três mortos, entre eles um jovem que teve a cabeça decepada, e 16 feridos.

A operação contou com 51 homens do Batalhão de Choque da Polícia Militar que, para entrar no local, precisaram arrombar um dos portões dos fundos da unidade. Eles usaram bombas de efeito moral e conseguiram render os rebelados.

Na quarta-feira (11), houve um novo motim, controlado rapidamente pelo Batalhão de Choque. Segundo informações da assessoria da unidade, os internos abriram os portões da ala 2 e começaram a quebrar objetos. O Batalhão de Choque entrou às 9h, com sete cães, para acalmar os ânimos dos reeducandos. A confusão foi controlada por volta das 12h30.

Na última sexta-feira (13), o Governo do Estado decidiu afastar a diretora da Funase, Maria Suzete Lúcio, e nomeou a assistente social Maria José Delgado para assumir a direção da unidade. Mesmo sendo questionada pela imprensa, a secretária da Criança e da Juventude, Raquel Lyra, não explicou o motivo da substituição, apenas comentou que Suzete continua trabalhando na equipe do Cabo de Santo Agostinho.

Também no dia 13, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) ingressou com uma representação contra a Funase do Cabo. No pedido de liminar, os promotores de Justiça Maxwell Vignoli e Allison Carvalho pedem o afastamento do presidente da unidade, Alberto Nascimento





Fonte: Do G1 PE

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/61548/visualizar/