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Supermercados, farmácias e postos de gasolina são os principais alvos dos bandidos, que costumam usar dinamites para explodir os caixas
Empresas querem se ver livres dos caixas-eletrônicos
LORIVAL FERNANDES/DC
Caixa de problemas: oferecer um serviço a mais aos clientes está resultando em prejuízo e medo
A onda de assaltos e explosões em caixas-eletrônicos do Estado tem feito com que muitos empresários optem por retirar os equipamentos das lojas, visando a reduzir o risco de roubos e violência. Em Cuiabá, supermercados, farmácias e postos de gasolina são os principais alvos dos bandidos, que costumam usar dinamites para explodir os caixas e retirar o dinheiro.
Miguel Ângelo é proprietário de uma farmácia na Avenida Mato Grosso e explica que durante 10 anos seu estabelecimento ofereceu o conforto de um caixa em seu interior, mas após duas tentativas de assalto ele pediu que o banco retirasse o equipamento. “Fomos feitos reféns, houve troca de tiros e eu pensei que fosse morrer”, afirma.
Ele ainda relembra que nos dias de recarregamento do caixa ele não conseguia sequer dormir tranqüilo. “Quando abasteciam, eu ficava vindo aqui de madrugada, de tão preocupado”.
O supermercado Big Lar da Avenida Miguel Sutil também já foi vítima de roubo aos caixas eletrônicos e o gerente da loja afirma que a empresa não tem interesse em manter o serviço, já que a violência é muito grande e os clientes também não estariam insatisfeitos com a medida de segurança. “Muitos clientes fazem transações pela internet e não pretendemos voltar a operar com caixas eletrônicos”, disse.
Depois que o HiperModelo da Miguel Sutil teve dois de seus caixas explodidos por uma quadrilha (leia matéria ao lado), a diretora administrativa financeira da rede, Solange Barrozo, desabafou à reportagem: “Estou doida para tirarem esses caixas daqui”.
Ela explica que, apesar de seu desejo de atender bem os clientes, a realidade é que os empresários acabam levando a insegurança para dentro dos estabelecimentos comerciais e colocando em risco a vida de todos. Solange lamenta e diz que é uma pena ter que retirar o benefício dos consumidores, uma vez que ela acredita serem poucas as opções que o cidadão tem para retirar o dinheiro.
“Existem poucas agências. Tem bairros como o CPA III que nem têm uma agência bancária. Os consumidores têm que ir ao banco no horário de atendimento ou nos shoppings da cidade”, diz. A gerente afirma que se sente sortuda, já que os ladrões costumam explodir os caixas apenas nas madrugadas, pois durante o dia o estrago seria ainda maior, com pessoas feridas, reféns e muito pânico.
A Secretaria de Segurança Pública pontua, por meio do major Rodrigues, que ano passado foi lançado o Plano de Enfrentamento do Roubo a Banco e que várias ações estão em andamento, como um treinamento para que os policiais saibam lidar com os assaltos também nas modalidades “Saidinha de Banco” e “Novo Cangaço”.
O Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) também está envolvido num trabalho de inteligência. Sobre a segurança nos arredores e nos próprios terminais de auto-atendimento, o major afirma que é necessário um comprometimento maior dos bancos, já que o ideal seriam caixas em cabines especiais, câmeras de segurança de alta resolução, sensores de presença e alarmes de pânico. “Quando vamos analisar as imagens para identificar o bando, por exemplo, a imagem é muito ruim. Há que se disponibilizar o mínimo de segurança”. Segundo ele, as explosões com dinamite eram mais comuns na região de São Paulo e Nordeste. “Antes as quadrilhas daqui usavam maçarico, que era mais silencioso e lento”, disse o major, que substitui o secretário Diógenes Curado, que está em viagem de férias.
Miguel Ângelo é proprietário de uma farmácia na Avenida Mato Grosso e explica que durante 10 anos seu estabelecimento ofereceu o conforto de um caixa em seu interior, mas após duas tentativas de assalto ele pediu que o banco retirasse o equipamento. “Fomos feitos reféns, houve troca de tiros e eu pensei que fosse morrer”, afirma.
Ele ainda relembra que nos dias de recarregamento do caixa ele não conseguia sequer dormir tranqüilo. “Quando abasteciam, eu ficava vindo aqui de madrugada, de tão preocupado”.
O supermercado Big Lar da Avenida Miguel Sutil também já foi vítima de roubo aos caixas eletrônicos e o gerente da loja afirma que a empresa não tem interesse em manter o serviço, já que a violência é muito grande e os clientes também não estariam insatisfeitos com a medida de segurança. “Muitos clientes fazem transações pela internet e não pretendemos voltar a operar com caixas eletrônicos”, disse.
Depois que o HiperModelo da Miguel Sutil teve dois de seus caixas explodidos por uma quadrilha (leia matéria ao lado), a diretora administrativa financeira da rede, Solange Barrozo, desabafou à reportagem: “Estou doida para tirarem esses caixas daqui”.
Ela explica que, apesar de seu desejo de atender bem os clientes, a realidade é que os empresários acabam levando a insegurança para dentro dos estabelecimentos comerciais e colocando em risco a vida de todos. Solange lamenta e diz que é uma pena ter que retirar o benefício dos consumidores, uma vez que ela acredita serem poucas as opções que o cidadão tem para retirar o dinheiro.
“Existem poucas agências. Tem bairros como o CPA III que nem têm uma agência bancária. Os consumidores têm que ir ao banco no horário de atendimento ou nos shoppings da cidade”, diz. A gerente afirma que se sente sortuda, já que os ladrões costumam explodir os caixas apenas nas madrugadas, pois durante o dia o estrago seria ainda maior, com pessoas feridas, reféns e muito pânico.
A Secretaria de Segurança Pública pontua, por meio do major Rodrigues, que ano passado foi lançado o Plano de Enfrentamento do Roubo a Banco e que várias ações estão em andamento, como um treinamento para que os policiais saibam lidar com os assaltos também nas modalidades “Saidinha de Banco” e “Novo Cangaço”.
O Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) também está envolvido num trabalho de inteligência. Sobre a segurança nos arredores e nos próprios terminais de auto-atendimento, o major afirma que é necessário um comprometimento maior dos bancos, já que o ideal seriam caixas em cabines especiais, câmeras de segurança de alta resolução, sensores de presença e alarmes de pânico. “Quando vamos analisar as imagens para identificar o bando, por exemplo, a imagem é muito ruim. Há que se disponibilizar o mínimo de segurança”. Segundo ele, as explosões com dinamite eram mais comuns na região de São Paulo e Nordeste. “Antes as quadrilhas daqui usavam maçarico, que era mais silencioso e lento”, disse o major, que substitui o secretário Diógenes Curado, que está em viagem de férias.
Fonte:
Do DC
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/61562/visualizar/
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