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Policia MT
Quarta - 18 de Janeiro de 2012 às 07:19
Por: ADILSON ROSA

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Acidente que matou os policiais João Osni e Edson Leite: a ação até hoje não foi esclarecida
Acidente que matou os policiais João Osni e Edson Leite: a ação até hoje não foi esclarecida
Dois dos 10 tiros que mataram o comerciante Gilson Sílvio Alves partiram da pistola do policial Maxsuel José Pereira; e outros três da pistola ponto 40mm e do revólver calibre 357mm do policial Edson Leite. É o que aponta o laudo do Instituto de Criminalística que está culminando no indiciamento de Maxsuel, o sobrevivente da ação.

As mortes de dois policiais e de Gilson Alves ocorreram no dia 23 de maio do ano passado. Confundido com um ladrão de carretas, Gilson foi abordado por Maxswel e entrou em luta corporal com ele. A arma dele disparou e atingiu Gilson, que conseguiu retirar a arma do policial e disparar contra uma perna dele e contra o abdômen de Edson, que revidou alvejando Gilson até a morte.

O policial civil João Osni Guimarães, que estava próximo abastecendo seu automóvel, colocou Edson Leite em seu Golf para lhe prestar socorro, mas acabou espatifando o automóvel contra um muro durante o trajeto até o Pronto Socorro de Várzea Grande. João Osni e Edson Leite morreram no acidente.

Na semana anterior ao ocorrido, Gilson teve a casa arrombada por adolescentes que levaram vários objetos. Havia a suspeita de que os garotos seriam sobrinhos de João Osni, o que acabou desmentido. Há também a versão de que, após denunciar o roubo em sua casa, Gilson teria ficado com medo de represálias dos assaltantes. Por isso, achou que os policiais que o abordaram seriam os criminosos.

Foram 10 tiros que atingiram quase todas as partes da cabeça do comerciante, segundo o laudo. Mas não havia hematomas que indicassem que ele teria entrado em luta corporal. Por causa dessa prova, o policial Maxsuel será indiciado pela morte do comerciante.

Conforme o laudo, Edson Leite foi baleado na coxa esquerda e no abdome por tiros não-letais. Isso significa que ele não morreria em conseqüência dos tiros. Alem disso, não havia vestígios de pólvora nas mãos do vendedor.

O laudo de balística apontou que as duas pistolas ponto 40, além do revólver calibre 357mm que estavam com Edson, foram usadas para atingir o vendedor. Foram sete tiros que transfixaram e três que ficaram no corpo, confirmando que o comerciante foi "peneirado".

O coordenador interino da Coordenadoria Metropolitana de Medicina Legal, Dionísio José Andreoni, explicou que, conforme os laudos, Gilson não teria atirado nos policiais. Um dos ferimentos do Edson foi feito por Maxsuel. O perito responsável disse que o tiro pode ter sido intencional, mas não há como comprovar.

Foram mais de 150 munições de calibre ponto 40, além de R$ 8.400 foram encontrados no Fiat Uno que serviu de viatura descaracterizada. Até agora não há explicação para esse arsenal de "guerra" encontrado no carro do policial.




Fonte: Do DC

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