Mato Grosso deve receber em 2012 cerca de R$ 1,5 bilhão em recursos do FCO - Fundo Constitucional do Centro-Oeste. O dinheiro é destinado ao financiamento de projetos em diversos setores da economia. Juros mais baixos na comparação com outras modalidades de contratação têm estimulado as buscas pelos financiamentos.
Em 2011, as liberações via FCO chegaram a R$ 1,8 bilhão em créditos, distribuídos entre a agropecuária, indústria, turismo, serviços e comércio. O dinheiro é usado para ampliar os negócios, especialmente pelos empreendimentos que geram emprego.
Do montante de R$ 1,5 bilhão previsto no FCO para este ano, metade deve ser destinada para o setor empresarial: R$ 750 milhões. Já a outra parcela deve ser utilizada para financiar as ações do agronegócio mato-grossense.
"O Centro-Oeste tem uma característica da agropecuária. Sempre este setor será um forte consumidor de recursos. Mas também hoje existem os empreendedores individuais para o comércio e serviços e tudo isso vai gerar demanda para que a gente possa aplicar os recursos", disse Dan Conrado, vice-presidente de Operações do Banco do Brasil.
Projetos de recuperação e preservação do meio ambiente devem estar na lista de prioridade para os financiamentos do FCO. "É unânime que a recuperação de áreas degradadas é condição para a preservação do meio ambiente e aumento da produção econômica. É isso que a nova linha se propõe a fazer em 2012", acrescentou ainda Marcelo Dourado, da Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco). A Sudeco administra os recursos do FCO.
Quem pode acessar
Podem acessar os recursos desde empreendedores individuais com renda de até R$ 360 mil ao ano, até grandes empresas que faturam acima de R$ 90 milhões por ano. Os juros são considerados os menores do mercado e variam de 4,25% a 10% ao ano. Para conseguir financiar é preciso apresentar projetos e o limite de financiamento é de R$ 20 milhões, com prazo de até 20 anos para pagar.
Inovação em pauta
Em 2012 uma nova linha deve contemplar as ações de inovação tecnológica. "Inovação é o grande produto. Percebemos que no Centro-Oeste ainda não temos um centro tecnológico implantado e isso precisa ser estimulado", acrescentou Marcelo Dourado, superintendente da Sudeco.
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