Um agente penitenciário foi preso por suspeita de matar um jovem de 17 anos e balear outras duas pessoas da mesma família depois de uma discussão em Atafona, em São João da Barra, no Norte Fluminense, na tarde sábado (14). As vítimas são o jovem Douglas de Moura Monteiro, que morreu na hora. Os outros dois baleados, pai e tio de Douglas, foram atingidos no tórax e permanecem internados.
O crime chocou a cidade de 36 mil habitantes. O corpo do jovem foi enterrado no domingo (15), em Campos, no Norte Fluminense.
“Uma pessoa super calma. Por ele ser calmo, pela família ser calma, por ser todo mundo muito gente boa ninguém esperava que isso fosse acontecer com ele”, disse no velório Sabrina Duarte, amiga do menor.
Briga após passeio de jet ski
O suspeito foi preso poucos minutos depois do crime. Segundo testemunhas, ele atirou contra o jovem e outras duas pessoas depois de uma discussão no fim da tarde de sábado (14).
A briga aconteceu na Praia de Atafona. O agente penitenciário voltava de um passeio de jet ski. Ao chegar no cais, ele não conseguiu passar porque um carro estacionado bloqueava o acesso. O veículo era da família de Douglas.
Houve discussão e, em seguida, os disparos. Além do adolescente, o pai, Alessandro Monteiro, de 48 anos, e o tio, Marcos Pessanha, de 57, foram baleados. Os dois permanecem internados no Hospital Ferreira Machado, em Campos. Segundo os médicos, o estado de saúde dos dois é estável.
“Ele começou a conversar ali e falou que ia resolver da maneira dele. Voltou com a arma e começou a atirar numa pessoa primeiro. O rapazinho, esse tal que morreu, veio para defender, acho que o pai ou o tio, e foi tentar dar um soco nele. Daí ele atirou e saiu atirando de novo”, disse uma testemunha.
Um pedestre ajudou a socorrer os feridos. "Eu peguei e levei para o hospital. Cheguei no meio do caminho, o bombeiro veio, botou dois dentro do resgate e o que estava menos ferido foi no meu carro. Eu cheguei até o pronto-socorro, em São João da Barra."
Outro agente detido
Outro agente penitenciário que estava com o suspeito na hora do crime também foi detido. “A gente fez o cerco aqui em São João da Barra, em Atafona e atrás do balneário, que são as saídas que o município tem. A gente conseguiu logo abordar e deter o agente lá com a arma do crime”, disse o tenente Raphael Viana, da Polícia Militar.
"É muito sofrimento, sabe? E você ouvir, que um cara ainda falou que por ele ser agente penitenciário que isso não ia dar em nada. Eu quero ver justiça. Eu quero justiça, eu quero que ele pague pelo o que ele fez, ele destruiu, ele acabou com uma família", disse chorando a tia da vítima, Jucirema Manhães.
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