Francesco Schettino, capitão do navio Costa Concordia, negou neste domingo as acusações de que teria deixado a embarcação sem prestar auxílio aos outros ocupantes e afirmou que só deixou o cruzeiro após terminar o processo de evacuação. Schettino, 52 anos, foi detido pela polícia italiana para interrogatório no sábado. Ele está sendo investigado sob a acusação de homicídio e de não prestar auxílio aos passageiros.
O Costa Concordia naufragou na noite de sexta-feira com cerca de 4,2 mil pessoas a bordo, incluindo mil tripulantes. Cinco mortes foram confirmadas e ao menos onze passageiros e sete tripulantes continuavam desaparecidas ao final da tarde deste domingo. Em uma entrevista transmitida pela TV italiana, Schettino foi questionado se seguiu a máxima de que "o capitão é o último a deixar o barco". "Fomos os últimos a deixar o navio", ele responde.
O capitão afirmou ainda que, de acordo com as informações de que dispõe, as rochas que provocaram a ruptura do casco do navio e seu afundamento não teriam sido detectadas pelo sistema de navegação automática da embarcação. Segundo ele, as cartas náuticas não indicariam a presença de rochas no local. "Não deveríamos ter tido esse impacto", afirmou.
O presidente da Costa Crociere, empresa operadora do navio, Gianni Ororato, afirmou que o capitão teria feito uma manobra com a intenção de proteger os passageiros e os tripulantes, mas que ela não foi bem sucedida por causa da rápida inclinação do navio após o impacto.
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