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Nacional
Quinta - 24 de Outubro de 2013 às 11:18

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Família reunida no aniversário de um ano dos gêmeos (Foto: Mariane Rossi/G1)

Família reunida no aniversário de um ano dos gêmeos (Foto: Mariane Rossi/G1)

Há um ano, Antônia Letícia Asti realizou o grande sonho de ser mãe. Aos 61 anos, ela deu luz aos gêmeos Roberto e Sofia, que ficaram conhecidos internacionalmente. Mais crescidos, hoje eles esbanjam saúde e alegria. Os gêmeos comemoraram o primeiro ano de vida, nesta quarta-feira (23), ao lado dos pais, que não se cansam de olhar e curtir os pequenos.

Ao lado do marido José César Asti, de 55 anos, a mãe Antonia Letícia é só felicidade. Ela esperou muito para ter seus filhos e, depois que eles nasceram, precisaram ficar internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neo Natal do hospital São Lucas, em Santos. Os bebês precisavam ganhar peso, já que nasceram de 31 semanas. Depois que eles receberam alta médica, a família não parou de comemorar. Os pais fizeram festinhas para a família no dia 23 de cada mês para lembrar o nascimento dos filhos.

Agora, para comemorar o primeiro ano completo das crianças, eles montaram uma festa que será apenas no fim de semana, mas não deixaram passar em branco um dia tão importante para eles. “Há um ano, eu estava fazendo o exame de ultrassom. Depois fui direto para o hospital”, lembra. Sofia e Roberto nasceram de uma cesárea, às 22h30, na maternidade do Hospital São Lucas. Após um ano, eles estão bem agarrados a mãe e ao pai e, mesmo sendo gêmeos, são bem diferentes no gênio e já mostram a sua personalidade no dia a dia.

Sofia e Roberto, com 1 ano (Foto: Mariane Rossi/G1)


Sofia e Roberto, com 1 ano
(Foto: Mariane Rossi/G1)

Sofia foi a primeira a sair do hospital, no dia 20 de dezembro. Hoje, ela já nem parece aquela a bebê tão pequena que tinha apenas 900 gramas. Sofia é sorridente e brinca com qualquer um. Segundo a mãe, ela dorme a noite toda, não costuma dar muito trabalho, mas dá trabalho quando precisa comer sopa.

Já Roberto, foi o segundo o último a chegar a casa. Ele sofreu uma hemorragia e teve que ficar internado mais tempo para se tratar. Depois de dois meses e quatro dias ele recebeu alta médica, em 27 de dezembro, e a família pôde passar o primeiro ano novo reunida. Agora, Roberto já está maior que Sofia e os primeiros dentinhos já apareceram. Curioso, ele não para um só minuto. O pai conta que tem que prendê-lo no carrinho. “Esse aqui já teve três experiências, caiu três vezes. Uma da cama, uma do berço e uma do carrinho. Aí a gente sai correndo para o hospital para ver se aconteceu alguma coisa”, conta. A mãe diz que ele é o mais levado dos dois e já está começando a ficar em pé com a ajuda dos pais.

Os bebês são o xodó da família e até das pessoas que passam por eles na rua. Mas, quem fica com o trabalho duro são os pais. José costuma sair cedo para trabalhar e Antonia fica com os bebês até a hora em que ele retorna para casa. “Eu já peguei o jeito. Coloco um para tomar banho enquanto o outro fica no carrinho. Para dar comida, é uma colherada para cada um. Enquanto ela está mastigando, o Betinho já comeu duas colheradas”, conta ela.

A mãe também adora brincar com as crianças, principalmente, no quarto, onde ela pode ter o controle dos dois. Os gêmeos também adoram sair e sempre que possível, a família vai passear pelas ruas do bairro Campo Grande. “A gente procura ir a lugares mais pertos com ele, onde não tem muito movimento. Agora vai vir o verão e nós vamos levar eles na praia, colocar o pezinho na água”, diz o pai das crianças.

Gêmeos e o bolo para comemorar o primeiro ano de vida (Foto: Mariane Rossi/G1)


Gêmeos e o bolo para comemorar o primeiro ano de vida (Foto: Mariane Rossi/G1)

O trabalho está um pouco maior, isso eles não tem nenhuma dúvida. Mas, o prazer de tê-los por perto, bem de saúde e sempre sorridentes, compensa o esforço de cada dia. “Muita gente falou que a gente era louco, que não íamos conseguir, não teríamos paciência. Olha aí, um aninho já”, afirma o pai. Já a felicidade da mãe, de 62 anos, não tem fim. Ela diz que nunca perdeu a calma para cuidar dos filhos e que não existe coisa melhor que ser mãe. “Logo cedo a gente já cantou parabéns para eles. É muito bom. Ser mãe é tudo de bom”, finaliza,

Antonia e Sofia, José e Roberto, no aniversário das crianças (Foto: Mariane)


Antonia e Sofia, José e Roberto, no aniversário das
crianças (Foto: Mariane)

Conheça o caso
Antônia Letícia, de 61 anos, moradora de Santos, no litoral de São Paulo, deu à luz um casal de gêmeos na noite do dia 23 de outubro. Ela e o marido, de 55 anos, tentavam ter filhos havia mais de 20 anos, sem sucesso, mas após quatro tentativas de inseminação artificial.

Sofia e Roberto nasceram às 22h30 na maternidade do Hospital São Lucas. Os bebês nasceram de cesárea pesando cerca de 900 gramas cada um. A mãe precisou ficar na UTI durante 24 horas para estabilizar a pressão e depois foi encaminhada para o quarto. O parto precisou ser adiantado por causa de uma hipertensão severa da mãe, e acabou acontecendo com apenas 31 semanas. Antônia Letícia Asti passou por uma estimulação da glândula mamária para conseguir produzir o leite.

Na época, o ginecologista Orlando de Castro Neto explicou que conhecia Antônia desde 1992, quando ela procurou ajuda para engravidar pela primeira vez. Nesses 20 anos, segundo ele, foram três tentativas de fertilização e uma tentativa de adoção frustradas. A quarta tentativa de fertilização só foi um sucesso por causa de uma intervenção do médico. "Criamos um endométrio favorável e fizemos uma inseminação com dois embriões. Graças a Deus, dessa vez deu certo. Se há 10 anos não tivemos sucesso em nenhuma das três tentativas, nessa, na primeira tentativa, deu certo. Por ser uma gestação gemelar de um menino e uma menina, foi super gratificante”, afirma Orlando. Segundo o médico, a idade não atrapalhou o processo. “A idade não pesou em nada. A única condição é ter útero. Hoje em dia, por meio de medicamentos, você consegue fazer o processo. Até o sexto mês ela não deu nenhum trabalho, tinha uma hipertensão leve que foi controlada, mas ela me deu muito menos trabalho do que grávidas bem mais jovens”, relata Neto.





Fonte: Do G1

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