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Quinta - 12 de Janeiro de 2012 às 07:27
Por: ANA ADÉLIA JÁCOMO

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Geraldo Tavares/DC
André Portocarrero e Fábio Bumlai: ambos defendem um controle rigoroso dos cães da raça pit bull
André Portocarrero e Fábio Bumlai: ambos defendem um controle rigoroso dos cães da raça pit bull
Após a menina Sofia Heber Pinto, de apenas três anos, ter sido atacada por quatro pit bulls em sua própria casa no início desta semana em Cuiabá, os debates acerca da ferocidade e agressividade do animal cresceram entre os que defendem a raça e os que acreditam que ela deve algum tipo de controle no país.

Criador de cachorros e um apaixonado por animais, André Portocarrero mantém o blog “Pit Bull é uma ameaça” (www.pitbulleumaameaca.blogspot.com) e diz que a raça, em sua opinião, não deve ser exterminada, mas ter restringida a compra e a venda. Além disso, em cada animal deveria ser implantado um chip de identificação e controle.

André diz que o pit bull não pode ser usado como animal de estimação, já que ele seria considerado o mais violento cachorro do mundo - e com maior potencial de ataque. “Ele é um produto do homem: a mistura de várias raças, as melhores em lutas, em rapidez e em violência. Num ataque ele vai até o fim, porque foi aprimorado para isso”, explica.

Outra ponderação feita por André é de que muitas pessoas sem as mínimas condições começaram a comercializar o cão por puro interesse financeiro, sem que tivessem a plena consciência do histórico e das necessidades do animal. Para ele, o pit bull precisa ter uma criação diferenciada de outros cães. “Eles precisam de exercício, alimentação especial, adestramento e de um espaço seguro para ficar. Ele é como um leão e as pessoas não entendem isso”.

André diz que o ideal seria castrar os que já mataram ou morderam alguém e monitorar os criadores. André disse ainda que o pit bull não é um cão de guarda, como muitos pensam, já que ele não late muito e não é ensinado para defender uma casa. “Adquirem o animal pensando que estão mais seguros e na verdade levam a ameaça para dentro de casa”, diz.

O criador de pit bulls e proprietário de um canil em Cuiabá, Fábio Bumlai, explica que o animal é como todos os cachorros e precisam de carinho e atenção, mas de fato teria necessidades diferenciadas, como uma alimentação balanceada, muito exercício físico e espaço para brincar, correr e se divertir. Ele também defende a ideia de implantar microchips nos animais. Na verdade, essa prática já existe e a ferramenta traz informações sobre a procedência do cão. “Todos os cães precisam ser controlados por uma entidade maior, que poderia ser a Mato Grosso Kennel Club, para que os donos recebam orientações e se adéquem às regras para criação do pit Bull”, afirma.

Fábio alerta para dois pontos importantes. O animal, segundo ele, não seria ideal como cão de guarda e sentiria muito ciúmes de seus donos. Ele também diz que o cão é hiperativo e não gosta de animais de outras espécies.

Fábio afirma que é muito comum a venda clandestina dos filhotes, o que faz com que pessoas sem conhecimento da raça adquiriram o cão. “O pit bull virou moda principalmente entre jovens e pessoas que querem exibir força e vitalidade canina, mas tem que saber lidar com ele. O cão aguenta muito, é bem forte, com grande massa muscular, mas pode ser manso e muito carinhoso se for bem tratado”, diz. Cada filhote com pedigree custa no mínimo R$ 1 mil.




Fonte: Do DC

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