O cientista nuclear iraniano e professor universitário Mustafa Ahmadi Roshan, de 32 anos, morreu nesta quarta-feira (11) após uma bomba explodir em seu carro no norte da capital do país, Teerã.
O atentado aumentou a tensão entre o Irã e países ocidentais, relacionada ao contestado programa nuclear iraniano, pois autoridades iranianas acusaram Israel, aliada do Ocidente, pelo ataque.
A bomba, cuja explosão feriu outras duas pessoas no bairro de Seyed Khandan, próximo à universidade, foi colocada no veículo por um indivíduo que circulava em uma motocicleta, contaram testemunhas citadas pela rede Press TV.
Roshan, professor da Universidade Tecnológica de Teerã, supervisionava a usina de enriquecimento de urânio de Natanz, na província de Isfahan.
Natanz é a principal central de enriquecimento do Irã e tem mais de 8.000 centrífugas.
Irã acusa Israel
O vice-governador de Teerã, Safarali Baratloo, acusou Israel pelo ataque.
"A bomba era de tipo magnética e semelhante àquelas usadas anteriormente para assassinar cientistas, e isso é obra dos sionistas (israelenses)", disse , segundo a agência semioficial de notícias Fars.
O vice-presidente iraniano, Mohamad Reza Rahimi, afirmou que o assassinato de cientistas será incapaz de deter o programa nuclear iraniano.
"Atualmente, os que alegam lutar contra o terrorismo atacam nossos cientistas. Mas devem saber que os cientistas iranianos estão mais decididos do que nunca a avançar pelo caminho do progresso científico", afirmou Rahimi.
Outros cientistas iranianos supostamente vinculados com o controverso programa nuclear de Teerã já foram vítimas de atentados.
O cientista nuclear e professor universitário Massoud Ali Mohammadi morreu em um ataque similar, em janeiro de 2010, em Teerã.
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