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Quarta - 11 de Janeiro de 2012 às 09:46
Por: LAURA NABUCO

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Midia News
Prefeito Chico Galindo, que estaria inelegível; cúpula do PTB nega
Prefeito Chico Galindo, que estaria inelegível; cúpula do PTB nega

Mesmo com as declarações do prefeito de Cuiabá, Chico Galindo (PTB), de que não pretende buscar a reeleição no pleito de outubro, o presidente do diretório do PTB da Capital, Dilemário Alencar, atribuiu a um ataque eleitoral as afirmações do advogado do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), Vilson Nery, de que o prefeito estaria inelegível por ter sido enquadrado na Lei da Ficha Limpa.

"Para mim, ele só falou isso porque o processo eleitoral já começou e ele é militante histórico de um partido que tem pré-candidato à prefeitura", avalia Dilemário, também secretário de Trabalho e Desenvolvimento Econômico do município. Segundo ele, o advogado é militante do PT.

Segundo Nery, Galindo estaria impedido de se eleger por ter contra si uma condenação transitada em julgado da época em que ainda residia em Presidente Prudente, no interior de São Paulo, e comandava uma empresa de economia mista responsável pela limpeza urbana e coleta de lixo. A ação, datada de 1994, acusa o prefeito de ato de improbidade administrativa devido à contratação sem concurso público de 508 funcionários.

Dilemário não nega a condenação, mas garante que o caso não se encaixa nas regras da Ficha Limpa por ter ficado constatado que não houve desvio de recursos públicos ou indícios de enriquecimento ilícito por parte de Galindo. "O juiz sequer pediu o ressarcimento dos valores porque verificou que o serviço foi realmente prestado. A ação é apenas por danos morais", sustenta o presidente. Ele afirma ainda que uma ação semelhante foi interposta no ano anterior e que o prefeito saiu ileso. "O Tribunal de Justiça de São Paulo percebeu que a contratação ocorreu em caráter emergencial", diz.

Conforme as regras da Ficha Limpa, são considerados inelegíveis aqueles que forem condenados "em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, por ato doloso de improbidade administrativa que importe lesão ao patrimônio público e enriquecimento ilícito". "Ou ele não está conseguindo interpretar a lei ou ele é que está agindo de forma dolosa", reage Dilemário.

Apesar de sustentar que as afirmações são infundadas, o presidente não adianta se o partido acionará o advogado judicialmente. Limita-se a afirmar que o diretório repudia as declarações que classifica como "politiqueiras". "A gestão do Galindo começou em março do ano passado e desde então não se ouviu um ruído sequer sobre suspeitas de corrupção. Ele está usando de meias verdades para requentar um acontecimento de 18 anos atrás para tentar manchar a atuação do prefeito", protestou Dilemário.






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