Os deslizamentos de terras causaram no total 13 mortos e 11 desaparecidos no município, na divisa do Rio com Minas Gerais, onde as chuvas também fizeram várias vítimas, de acordo com os Bombeiros.
As buscas desta terça-feira se concentraram em Sapucaia, município com cerca de 18 mil habitantes a 150 quilômetros da capital, onde na segunda-feira um deslizamento soterrou sete casas e um automóvel onde tinha se refugiado uma família que tentava fugir.
Cerca de 30 bombeiros, com a ajuda de escavadeiras, trabalhavam nos escombros e no barro, com a esperança de encontrar alguma vítima com vida.
Um novo deslizamento de pequenas proporções, causado pela instabilidade do terreno, dificultou as tarefas de busca e obrigou os bombeiros a se afastarem da área e suspender os trabalhos durante alguns minutos.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, sobrevoou e visitou os locais mais afetados pelas chuvas para acompanhar a distribuição de remédios e outras ações de assistência médica.
O Governo enviou até agora uma carga de 12 toneladas de remédios ao Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo, onde cerca de 2,5 milhões de pessoas foram afetadas.
Nos três estados já são contabilizados 29 mortos, pelo menos 14 desaparecidos e cerca de 40 mil pessoas desalojadas, segundo os últimos boletins oficiais e incluindo as vítimas de Sapucaia.
As fortes chuvas afetam a região sudeste todos os verões e neste mês atingiram especialmente Minas Gerais, onde há 167 municípios com numerosos danos e 116 deles declararam estado de emergência.
No Rio de Janeiro, além dos deslizamentos de terra, foram registradas inundações pelo aumento do nível do rio Muriaé, que na semana passada ocasionou a ruptura de dois diques e alagou as localidades de Três Vendas e Cardoso Moreira, onde a população teve que ser retirada às pressas.
Os ministros de Integração Nacional, Fernando Bezerra, e de Transportes, Paulo Passos, sobrevoaram as regiões inundadas pelo rio Muriaé após visitar Vitória, capital do Espírito Santo, onde oito municípios estão em estado de emergência pelas chuvas.
O Governo do Rio de Janeiro anunciou nesta terça-feira investimentos de R$ 950 milhões em medidas de prevenção de futuras inundações no rio Muriaé e em outras cidades da região.
Recentemente, a imprensa criticou as autoridades por descumprir as promessas de investir em medidas preventivas e pela demora na reconstrução dos danos causados pelas chuvas do ano passado.
Nesta terça-feira, o jornal "O Globo" denunciou que as autoridades só reconstruíram uma das 75 pontes que foram destruídas na região serrana do Rio de Janeiro, nas gravíssimas chuvas que causaram cerca de mil mortos em janeiro de 2011.
Em contraste com as chuvas que afetam o sudeste, no extremo sul do país 142 municípios do estado do Rio Grande do Sul decretaram estado de emergência por causa da seca.
As perdas dos agricultores da região chegam a R$ 2 bilhões nas colheitas de milho, feijão e soja, segundo cálculos das autoridades locais. O Governo também diminuiu seus cálculos para a colheita de arroz para este ano por causa da seca que afeta o estado, a maior região produtora do país.
Comentários