Anvisa suspenderá venda da prótese holandesa Rofil
O comércio de próteses mamárias Rofill, fabricadas com silicone feito pela PIP (Poly Implant Prothèse), será proibido no Brasil.
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) deve emitir um comunicado em breve. Com a decisão, fica cancelada a autorização de venda do produto pela Pharmedic Pharmaceuticals Importação.
Usuárias dos implantes holandeses já se queixaram do silicone, mas não há detalhes dos problemas.
A Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética também mencionou a Rofil e a PIP em um documento divulgado no início deste mês, em que recomendava a remoção ou troca imediata dos produtos por ambos apresentarem risco de rompimento.
A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica disse que recebeu denúncias de que a Rofil usava o mesmo material da PIP.
Segundo Sebastião Guerra, ex-presidente da entidade, estima-se que 15 mil pares de Rofil chegaram ao país.
No caso da PIP, foram cerca de 34 mil unidades importadas e 24,5 mil implantadas em cerca de 12.500 pessoas.
No fim de dezembro, a Anvisa cancelou o registro da PIP baseada em testes realizados por autoridades francesas.
AÇÃO COLETIVA
A agência pode ser envolvida em uma ação coletiva de pedido de indenização por causa das próteses de silicone francesas defeituosas vendidas no país.
A advogada Soraya Casseb de Miranda Barbosa, de São Paulo, diz que está buscando um grupo de pacientes com os implantes da PIP para elaborar a ação, envolvendo a Vigilância Sanitária brasileira e o governo francês.
Soraya é mulher do cirurgião André Luis de Miranda Barbosa, que tem consultório em São Paulo.
Ele afirma que colocou as próteses francesas em cerca de cem mulheres, antes do veto à venda desse silicone em 2010.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
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