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Internacional
Terça - 10 de Janeiro de 2012 às 14:58
Por: Marcos Chagas

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O governo boliviano está atento ao fluxo migratório de haitianos e não permitirá qualquer "abuso ou malfeito" de bolivianos que porventura estejam atuando nas migrações até Brasileia (AC). O cônsul da Bolívia no município, José Luis Méndez Chaurara, ressaltou que para tomar as devidas providências necessita de formalização de denúncias de imigrantes que chegam à cidade acriana em busca de melhor condição de vida no Brasil.

O cônsul disse que até o momento as informações que chegaram às autoridades da Bolívia é que não há registro de mortos na rota usada para atravessar a fronteira e que os haitianos fazem todo esse percurso encapuzados. "Se identificarmos qualquer tráfico [de haitianos que envolva cidadão boliviano] agiremos dentro das normas legais e levando em conta as questões humanitárias", disse José Luis Méndes.

O secretário de Justiça e Direitos Humanos do Acre, Nilson Mourão, disse que o governador Tião Viana já encaminhou informações ao ministro de Relações Exteriores, Antonio Patriota, para que entre em contato com os representantes dos governos da Bolívia e do Peru, no Brasil. A finalidade é tomar as devidas providências sobre qualquer tráfico internacional que tenha como rota os dois países e eventuais participações de bolivianos e peruanos.

Mourão informou ainda que esta semana deve chegar uma autoridade do governo boliviano à cidade de Cobija para investigar o envolvimento de cidadão do país nessa possível rota de tráfico. “A informação que temos é que os haitianos compram pacotes em agências de turismo da República Dominicana e, a partir de lá, fazem toda rota até chegar ao Brasil. Nesse processo pode existir pessoas interessadas em ganhar dinheiro o que descaracteriza qualquer questão humanitária."

Desde ontem (9), a Polícia Federal em parceria com o governo do estado e a prefeitura de Brasileia passou a emitir 40 vistos por dia o que tem facilitado a contratação de mão de obra por empresas brasileiras. Nilson Mourão informou que só hoje três empresas, do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e Minas Gerais, estão em Brasileia para formalizar essas contratações.






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