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Terça - 10 de Janeiro de 2012 às 07:30
Por: ALECY ALVES

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Hospital Psiquiátrico Adauto Botelho: quem mora em bairros próximos testemunha a falta de segurança da instituição
Hospital Psiquiátrico Adauto Botelho: quem mora em bairros próximos testemunha a falta de segurança da instituição
Moradores de bairros vizinhos ao Hospital Psiquiátrico Adauto Botelho, no bairro Coxipó, reclamam da presença de pacientes vestidos com o uniforme da unidade de internação perambulando pelas ruas e praças.

Há relatos de pessoas que se assustaram ao serem surpreendidas dentro de suas casas por pacientes pedindo água, comida e até roupas. No último sábado dois internos, uma mulher e um homem, foram vistos no bairro São Gonçalo Beira Rio.

Uma servidora pública que prefere não se identificar chegou a levar uma paciente de volta, em seu carro, até a porta do hospital. Ela conta que logo que desceu a interna fugitiva seguiu outro rumo, dizendo que iria procurar os parentes. A servidora retornou para sua casa, preferindo não se envolver na questão.

A professora Ana Maria dos Anjos Pereira, moradora do bairro Coophema, conta que há alguns meses, quando esqueceu o portão aberto, uma mulher que usava o “uniforme verdinho do Adauto”, como dizem na região, entrou em sua casa, sendo vista quando já estava na sala de jantar.

Ana Maria diz que a princípio ficou com medo, mas logo se tranqüilizou porque a “visitante” aparentava calma e logo que foi atendida, com água e um pedaço de bolo, seguiu a caminhada na direção da Avenida Fernando Corrêa da Costa.

A dona de uma loja de confecções do mesmo bairro, que prefere não se identificar, disse que algumas vezes, sem saber quantas, pacientes do Adauto Botelho passaram em sua loja. Um deles, diz, pediu roupa porque queria tirar o uniforme hospitalar.

A lojista diz que certa vez ligou para o hospital e logo apareceu uma equipe para resgatar o paciente, mas depois passou a não obter respostas. Desde então, reclama, mesmo quando vê paciente perambulando, não telefona mais.

O diretor-geral do hospital, João Santana Botelho, disse que não há relatos sobre fuga de pacientes no final de semana. Ele nega que internos perambulem pelos bairros próximos e diz que os internos costumam sair somente acompanhados de técnicos para atividades extra-hospitalares denominadas “terapia de ressocialização”.

Conforme Botelho, para todas as fugas há um procedimento padrão, que é o registro de Boletim de Ocorrência (BO) na policia. O diretor Administrativo-financeiro do Adauto, Jorge Luiz, acrescentou que os casos de fuga são, em sua maioria, de dependentes químicos internados por determinação judicial.

Conforme o diretor, esses internos estão sempre prontos para fugir, sempre esperando uma oportunidade. Quando isso ocorre, diz, o hospital comunicada a autoridade judicial que expediu a medida liminar.




Fonte: Do DC

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