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Segunda - 09 de Janeiro de 2012 às 09:07

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Representantes do Sindicato dos Policiais Civis de Carreira do Estado do Ceará (Sinpoci) pediram neste domingo (8) intervenção do bispo dom Emanuel Edmilson da Cruz nas negociações da greve da categoria. Segundo o diretor geral do Sinpoci, Ernani Leal, o sindicato apresentou as reinvindicações ao bispo, que se comprometeu de ainda nesta segunda-feira (9) interceder pelos grevistas junto ao Governo do Estado. Sem avanços nas negociações, a greve dos policiais civis completa nesta segunda-feira (9) seis dias.

Ainda de acordo com Leal, o sindicato está preparando uma manifestação na Avenida Beira Mar para esta segunda-feira (9). "Estamos aguardando algum retorno do Governo do Estado para convocarmos uma assembleia", explica.

Sem definição
O governador Cid Gomes (PSB) se reuniu na noite da sexta-feira (6), no Palácio da Abolição, com representantes das Forças Armadas e da Força Nacional de Segurança Pública para avaliar a situação do Ceará. Enquanto isso, a assessoria do sindicato dos policiais disse não ter retorno do governo do estado.

Participaram da reunião o comandante da Força Nacional de Segurança(FNS) e do Exército Brasileiro(EB) – general Gomes de Mattos, general Gonçalves e general Santos Cruz - para uma nova avaliação sobre a paralisação da Polícia Militar e a atuação durante a greve da Polícia Civil (já decretada ilegal duas vezes pelo Tribunal de Justiça do Estado).

Na manhã da sexta-feira, o Sinpoci entregou à Procuradoria Geral de Justiça (PGJ) uma proposta que pede a não punição ao policial civil que participa do movimento grevista desde julho de 2011; devolução do dinheiro dos 199 policiais civis que tiveram seus salários descontados no início do mês de dezembro de 2011; alteração do artigo 35, referente às promoções a policiais civis que tenham nível superior; hora-extra constitucional; extinção do serviço extraordinário e reajuste salarial para que policiais civis ganhem o equivalente a 60% do subsídio de um delegado, que é R$ 7.500.

O Sinpoci orientou a categoria a parar 100% dos serviços na última terça-feira (3), poucas horas antes do fim da paralisação dos policiais militares, iniciada no dia 29 de dezembro. Segundo a presidente do Sindicato dos Policiais Civis do estado (Sinpoci), Inês Romero, a categoria volta as atividades apenas quando tiver as reinvindicações atendidas. “Por que os PMs têm a pauta atendida e a gente não? Vamos continuar sim”, disse Inês, informando que não foi avisada sobre a reunião entre governador.

Entenda o caso
A primeira paralisação da categoria ocorreu no dia 2 de julho de 2011, mas foi decretada ilegal em 5 de julho pela 6ª Vara da Justiça. A categoria retomou as atividades em 3 de agosto após impasses com a Justiça. Nova paralisação foi realizada em 14 de outubro, mas o movimento, mais uma vez, foi considerado ilegal pela Justiça, fazendo com que os policiais voltassem ao trabalho em 14 de dezembro.

Nas duas primeiras paralisações a categoria permaneceu com 30% do efetivo trabalhando nas delegacias cearenses. Agora, no entanto, segundo informações do Sinpoci, 100% do efetivo policial está orientado a paralisar as atividades.






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