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Economia
Sexta - 06 de Janeiro de 2012 às 11:10
Por: PEDRO SOARES

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Com a renda e o emprego em alta, o brasileiro passou a frequentar mais restaurantes e a alimentação fora de casa foi o que mais pesou na inflação do grupo alimentos em 2011, com alta de 10,49%. A alimentação no domicílio subiu menos: 5,43%.

Segundo Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de Índices de Preços do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o grupo alimentação começou o ano pressionado pelo choque das commodities de 2010, mas foi perdendo força. Porém, a alimentação fora se manteve em alta, diz, em razão do aquecimento do mercado de trabalho e de pressão de custo dos restaurantes --aumento de salários e aluguéis.

Segundo divulgação do IBGE desta sexta-feira (6), a inflação não suportou os focos de pressão e o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) fechou 2011 no teto da meta do governo, de 6,5% --mais do que os 5,91% de 2010. Esta é a maior taxa desde 2004, quando o indicador ficou em 7,6%.

"Com a demanda aquecida, há mais condições de repassar esses aumentos. As pessoas também têm mudado de hábito e se alimentado mais fora de casa com a renda maior, a mudança de extrato social e a queda do desemprego", disse.

De 2002 a 2011, a alimentação fora de casa subiu 139,85%, enquanto a alimentação no domicílio teve alta menor: 95,72%.

Sozinha, a refeição fora de casa foi o item que mais pesou na inflação de 2011, com alta de 10,49% e impacto de 0,47 ponto percentual. Também subiram a cerveja fora do domicílio (14,72%) e lanche (9,24%), entre outros.

O segundo item de maior peso na inflação de 2011 foi o empregado doméstico, que subiu na esteira do salário mínimo e do aquecimento do mercado de trabalho. A alta foi de 11,37%, com peso de 0,40 ponto percentual.

Em seguida, vieram colégios (8,09%), ônibus urbanos (8,44%), aluguel residencial (11,01%) e gasolina (6,92%), plano de saúde (7,54%) e passagem aérea (52,91%).

No caso do aluguel, diz, a alta superou a de 2010 (7,42%) em razão da demanda aquecida por imóveis com a expansão da renda e a oferta restrita de habitações para locação. Já a gasolina subiu na esteira do alcool (misturado ao derivado de petróleo) e do aumento da frota de veículos, segundo Nunes dos Santos. Com a quebra da safra de cana, o etanol subiu 15,75%, mas tem um peso menor na inflação.

Já a forte alta das passagens aéreas decorreu da maior procura e do custo mais elevado do querosene de aviação.






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