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Cidades/Geral
Sexta - 06 de Janeiro de 2012 às 07:48

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A Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica) ouviu em declarações a suposta mãe da bebezinha encontrada no dia 1º de janeiro na Avenida Coronel Escolástico, nas proximidades de uma empresa de produtos agropecuários, na Capital.

Rosângela Nunes da Silva, de 32 anos, confirmou na manhã desta quinta-feira à delegada Alexandra Fachone que deu à luz a criança e depois a abandonou na rua. Ela contou que tomou conhecimento que estava grávida durante exames para a realização de uma cirurgia de laqueadura.

A mulher disse ainda que, como já tinha quatro filhos, o marido não queria que ela engravidasse novamente. Por isso, escondeu da família e do marido a gravidez. Conforme Rosângela, a família pensava que a barriga que aparentava era em decorrência do peso acima do normal.

A suposta mãe também não fez nenhum acompanhamento pré-natal e a única ultrassonografia foi realizada no dia 30 de janeiro de 2011, quando constatou que a bebê já estava de 40 semanas. Então, resolveu ficar sozinha em casa na virada do ano e não acompanhar o marido que foi para casa de parentes.

Ainda no depoimento, Rosangela revelou que teve a filha sozinha, em casa, na manhã do dia 1º de janeiro. Depois de dar à luz, limpou a criança e a enrolou em uma manta de seu filho menor. Em seguida colocou em um saco o bebê. A mulher disse que ficou muito confusa após o nascimento da criança e não sabia o que fazer.

Ela disse que saiu andando pelas ruas do bairro, pegou um ônibus e acabou por deixar a filha na Rua Coronel Escolástico, não sabendo depois o que aconteceu e só vindo a recuperar a consciência ao acordar, já internada no Hospital Santa Rosa, no dia seguinte.

A delegada Alexandra Fachone informou que a suposta mãe foi submetida a exame pericial de constatação de parto recente, realizado logo após o depoimento no Instituto de Medicinal Legal (IML), e que colheu também material genético para exame de DNA a ser feito no laboratório da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), em Cuiabá. O resultado deve sair na próxima semana.

A mulher também passará por uma avaliação psiquiátrica para analisar o estado psicológico após o parto; se sofreu algum tipo de transtorno mental (depressão pós-parto) que ‘justificasse’ a conduta de ter abandonado a própria filha. A Justiça definirá o destino da criança, que ainda está sob os cuidados do Pronto-Socorro Municipal. (Com Assessoria)




Fonte: Do DC

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