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Sexta - 06 de Janeiro de 2012 às 06:21
Por: FERNANDO DUARTE

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“Para mim, é o fim na política”. A frase é do ex-diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antônio Pagot, que diz ter concluído seu trabalho como homem público e segue carreira na iniciativa privada. Pagot foi contratado por uma empresa de Mato Grosso em dezembro passado para atuar em um projeto ousado na navegação no norte do Brasil, estimado em R$ 300 milhões.

Ex-secretário de Educação, chefe da Casa Civil e de Infraestrutura no governo Blairo Maggi (2003-2010), Pagot encerrou sua carreira política após várias denúncias envolvendo membros do Ministério dos Transportes. Baseado em uma matéria da revista Veja, as denúncias apontavam que integrantes da Pasta cobravam propina de empresas sobre obras realizadas. O ex-diretor chegou a ser sabatinado no Congresso, mas, até o momento, nenhuma acusação foi comprovada.

As denúncias, entretanto, fizeram o então ministro Alfredo Nascimento ser demitido. “Trabalhei no governo do [atual] senador Blairo Maggi, estive em um cargo nacional, mas estou fora da política”, resumiu Pagot.

Considerado um gestor ‘técnico’, ele foi cotado, certa vez, a disputar o governo do Estado pelo PR, mas a ideia foi abortada. Em 2009, ao lado de mapas de Mato Grosso, falava sobre várias obras que o Dnit apresentaria no Estado, incluindo pavimentação, recapeamento e acostamentos em vias estratégicas como a BR-163.

Ao sair do Dnit, praticamente foi o último representante mato-grossense a ocupar um cargo relevante no governo federal. O PR esteve (e está) na base de apoio o governo petista.

Portos – Na iniciativa privada, Pagot administrará projetos e obras para facilitar o escoamento, principalmente, da produção agrícola do médio norte mato-grossense. Pensado em duas fases, as três grandes obras – que atuarão de forma interligada – são investimentos da Companhia Norte de Navegação e Portos (Cianport). Ela foi criada a partir de investimentos de duas empresas de Mato Grosso, a Fiagril, localizada em Lucas do Rio Verde, e a Agrosol, do município de Sorriso.

Conforme ele explicou, os projetos visam à construção de uma Estação de Transporte de Cargas no distrito de Miritiba, no município de Itaituba (PA), pelo rio Tapajós. A obra será responsável por movimentar dois milhões de toneladas em cargas por ano.

Também será construído um terminal portuário para uso privado em Ilha de Santana. Esse será responsável por movimentar anualmente três milhões de toneladas.

Outro projeto será no Amapá, na Companhia de Docas de Santana, no município de Santana. Esta Estação de Transporte de Cargas, localizada no rio Amazonas, será responsável por um milhão de toneladas ao ano. “Essa [Cianport] é apenas uma de cinco ou seis que investem no setor na região”.

Além disso, Pagot também afirma ser o responsável pela implantação de uma frota fluvial, composta inicialmente por 20 embarcações, porém posteriormente chegará a 46. Essa frota irá percorrer Itaituba até Santana. O trabalho levará 36 meses, sendo a primeira fase com início em 2012 para operar em 2013. A segunda fase começa em 2013 com conclusão em 2015.




Fonte: Do DC

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