Dois operários morreram e outros 2 ficaram feridos quando o equipamento despencou de uma altura de 18 metros, em Cuiabá
Após morte de trabalhadores, obra de prédio é suspensa

Estão paralisadas as obras do edifício comercial Amazon, localizado na Avenida São Sebastião, em Cuiabá. Dois trabalhadores morreram na queda de um elevador da obra, na manhã desta quinta-feira (5). O acidente foi por volta das 7h30, quando os operários iniciavam os trabalhos no canteiro.

Além das duas vítimas fatais, Aguinaldo Alves dos Santos, 40, e Eurico de Juses Ferreira, 38, mais quatro pessoas estavam no elevador e foram encaminhadas para o Pronto-Socorro de Cuiabá, em estado grave de saúde. Até o momento, não foram divulgados os nomes das demais vítimas.

O engenheiro civil responsável pela obra, Erni Ribeiro Lavor, disse ao MidiaNews que os demais trabalhadores foram dispensados e que a obra ficará paralisada até que a perícia conclua os trabalhos.

Lavor disse ainda que a construção está em atividade por um período de 16 meses e, até o momento, não havia sido registrado nenhum outro acidente de grandes proporções.

O engenheiro garantiu que a empresa responsável pela edificação, Construtora Actual, com sede em Cuiabá, cumpre as normas de segurança e frisou que o elevador passou por uma vistoria em dezembro passado.

Lavor avaliou que o acidente foi uma fatalidade e revelou que a empresa está assistindo os trabalhadores que estão hospitalizados, além de dar o suporte necessário para o sepultamento das vítimas fatais.

Uma equipe da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) esteve no local e já começou os trabalhos para descobrir as causas do acidente. Informações preliminares do Corpo de Bombeiros dão conta que o cabo de aço que prende o elevador de soltou, ocasionando a queda.

Acidentes de trabalho

Mato Grosso ocupa a primeira posição no ranking em mortes decorrentes de acidentes de trabalho, na região Centro-Oeste, à frente dos estados de Goiás, Mato Grosso do Sul e do Distrito Federal.

O Estado computou 500 mortes nos últimos quatro anos, ou seja, uma média de 125 por ano. E, até julho de 2011, foram registradas 34 mortes. Os dados são do Ministério do Trabalho.