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Quinta - 05 de Janeiro de 2012 às 07:21
Por: ALECY ALVES

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José Roberto Stopa, vítima de assalto em Cuiabá: “Infeliz daquele que precisa da Justiça”
José Roberto Stopa, vítima de assalto em Cuiabá: “Infeliz daquele que precisa da Justiça”
O Ministério Público Estadual, através do Gaeco, protocolou ontem um novo pedido de prisão preventiva para os 44 acusados da prática de assaltos na modalidade “saidinha de banco”, soltos no último sábado pelo Judiciário.

A expectativa dos integrantes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado é que ainda hoje saia uma nova decisão acatando o pedido e determinado o retorno dos assaltantes à prisão.

Quem deve julgar o recurso do Gaeco é a juíza Suzana Guimarães Ribeiro Araújo, titular da 6ª Vara Criminal, que até amanhã atua como plantonista da Vara Especializada de Combate ao Crime Organizado.

Suzana Araújo é mesma que decretou a prisão dos assaltantes e cuja decisão foi considerada nula pelos desembargadores João Ferreira Filho e Pedro Sakamoto. O primeiro determinou a soltura de um dos acusados, Oeder Pontes Nunes, enquanto o outro estendeu a medida aos demais, decisões que beneficiaram os presos da operação “Sétimo Mandamento”, desencadeada especificamente para prender assaltantes após 90 dias de investigações.

Tanto o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Rubens de Oliveira, como o Pedro Sakamoto, se recusaram o comentar a polêmica liberação dos presos. Já Ferreira Filho não havia respondido ao pedido de entrevista até o final da tarde de ontem.

VIDA REAL - Quem já esteve sob a mira dos revólveres e pistolas, que são as armas mais usadas, conhece bem a periculosidade dos assaltantes que praticam roubos na modalidade “saidinha de banco”.

O ex-secretário municipal de Meio Ambiente e presidente do Partido Verde (PV) municipal, José Roberto Stopa, integra a longa lista de vítimas. Baleado no braço durante um assalto ocorrido há dois anos, Stopa não se esquece dos detalhes da ação do bandido.

Com R$ 2,8 mil para pagar um funcionário de sua loja de pregão, Stopa estava no estacionamento próximo do banco quando foi abordado pelo assaltante. Ele conta que o bandido tentou abrir a porta do carro e, no momento em que percebeu que ela estava travada, engatilhou o revólver em sua direção, dando ordens para que a abrisse. Ao abaixar uma das mãos para abrir a porta, talvez pensando que Stopa fosse apanhar uma arma, o assaltante atirou. Mesmo com Stopa sangrando, o assaltante não se intimidou, continuou exigindo que ele abrisse a porta e lhe entregasse o dinheiro. Somente depois de receber os R$ 2,8 mil o assaltante fugiu.

Para José Roberto Stopa, é difícil entender como a Justiça libertou bandidos comprovadamente envolvidos em assaltos. “É um absurdo, não consigo entender, infeliz daquele que precisa da Justiça”, desabafa.

É de surpreender a audácia e a frieza do assaltante que levou R$ 9,5 mil das mãos de Jones Benedito Soares do Santos, em maio deste ano, dentro de um restaurante vizinho ao Banco Itaú, no Porto. O sujeito seguiu a vítima, fingiu que serviria uma refeição e de repente exibiu um revólver no restaurante cheio, até que tomou o dinheiro.

Jones conta que, ao deixar a agência e caminhar na direção de seu carro, percebeu que estava sendo seguido. Entrar no restaurante foi uma tentativa de impedir o assalto. Mas sob os olhares de dezenas de pessoas que almoçavam, o ladrão apontou a arma para a cabeça de Jones na fila do self service e, sabendo onde estava a grana, disse: “Me dá o dinheiro que está no seu bolso se não eu estouro sua cabeça”. Em seguida fugiu na moto com o comparsa que o aguardava do lado de fora.




Fonte: Do DC

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