Policias militares deixam a sede da 6ª Cia em
Fortaleza (Foto: Elias Bruno/G1)
Os policiais militares e bombeiros do Ceará vão retornar as atividades ainda nesta quarta-feira (4), segundo o comando da Polícia Militar do Ceará. Conforme o tenente-coronel Fernando Albano, o acordo entre governo e PMs prevê que todos os soldados voltem a trabalhar nos expedientes normais. A Polícia Civil, no entanto, decidiu em assembleia retomar a greve e, segundo o sindicato da categoria, parou atividades na noite desta terça-feira (3)
Fortaleza viveu um dia de "feriado" nesta terça em que lojas e bancos fecharam as portas em diversos corredores comerciais e três escolas suspenderam aulas com medo de assaltos por causa da falta de policiais nas ruas. Exército e Força Nacional policiam áreas da capital desde o réveillon.
De acordo com o tenente-coronel Albano, as rondas com os veículos policiais ainda devem levar algum tempo para se normalizar. “As viaturas [que tiveram os pneus secos] estão sendo levadas aos quartéis de origem e passando por conserto. Elas vão para as ruas assim que estiverem prontas para uso”, explica. As ruas no entorno da 6ª Cia do 5º Batalhão da PM onde os veículos foram concentrados, no Bairro Antônio Bezerra, estão sendo liberadas.
Ainda segundo Albano, o Exército deve permanecer em Fortaleza e no interior do estado até que toda a atividade militar seja normalizada. “Isso deve levar algum tempo, principalmente agora que a Polícia Civil decidiu parar”, afirma.
Polícia Civil
Enquanto a PM decidiu retornar ao trabalho, a Polícia Civil do Ceará decidiu paralisar atividades, na noite de terça-feira (3). Esta é a terceira paralisação do policiais civis em seis meses mas, desta vez, eles afirmam que só voltam a trabalhar após ter as reivindicações atendidas. De acordo com a assessoria de comunicação do sindicato da categoria (Sinpoci), os policiais civis em greve vão se concentrar no 34º Distrito Policial, no Centro da cidade.
A primeira paralisação da categoria ocorreu no dia 2 de julho de 2011, mas foi decretada ilegal em 5 de julho pela 6ª Vara da Justiça. A categoria retomou as atividades em 3 de agosto após impasses com a Justiça. Nova paralisação foi realizada em 14 de outubro, mas o movimento, mais uma vez, foi considerado ilegal pela Justiça, fazendo com que os policiais voltassem ao trabalho em 14 de dezembro.
Nas duas primeiras paralisações a categoria permaneceu com 30% do efetivo trabalhando nas delegacias cearenses. Agora, no entanto, segundo informações do Sinpoci, 100% do efetivo policial vai parar.
Entenda a paralisação da PM
Os policiais militares e bombeiros do Ceará paralisaram atividades desde o dia 29 decidiram em assembleia na madrugada desta quarta-feira (4) aceitar a proposta do governo. Na terça-feira (3), lojas, bancos, escolas e até a prefeitura de Fortaleza encerraram expediente alegando falta de segurança. Agentes da Força Nacional e do Exército chegaram a ser enviados ao estado e patrulharam ruas de Fortaleza.
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